Governo Milei-Macri - Porque ele tem tudo para dar errado! - Marcos Doniseti!
Porque Mauricio Macri e o Grande Capital foram os grandes vencedores da eleição!
Aqui vai um conselho gratuito para vocês: Esqueçam o Javier Milei.
Ele não sabe nada sobre coisa alguma relacionada com economia, política, relações internacionais. Ele apenas repete alguns lugares comuns que decorou em textos de autores ultraliberais: 'Estado é uma coisa ruim, o livre mercado é a solução para tudo, Thatcher é minha heroína' e assim por diante.
Sobre as ideias econômicas de Milei, vejam o que disse o Yanis Varoufakis, economista grego:
"Milei não é anarcocapitalista. Robert Nozick diz isso. Não, Milei é um novo Videla em trajes libertários determinado a acabar com a mera possibilidade de soberania democrática argentina. Quanto à dolarização versus inflação, é como explodir um país para se livrar da Covid-19.".
Além disso, Milei não entende lhufas sobre o que significa governar um país complexo e que enfrenta uma situação econômica e social muito ruim, o que já acontece há várias décadas, e que enfrenta desde o final da Segunda Guerra Mundial um longo processo de decadência, como é o caso da Argentina, o que é resultado de uma crise estrutural.
Javier Milei é economista e teve um grande espaço na mídia, no Rádio e na TV, durante três anos consecutivos, durante os quais ele tratou de usar esse espaço midiático para defender o Ultraliberalismo, atacar a ação do Estado, criticar a chama 'casta', uma elite política que seria responsável pela longa e interminável crise argentina. Seu principal alvo, assim, eram as Esquerdas Nacionalistas e Reformista, ou seja, os Peronistas.
Logo, ele se beneficiou dessa imensa exposição midiática e, assim, decidiu ser candidato a deputado federal e se elegeu em 2021. E agora, Milei saiu candidato à Presidente e, num ambiente de muita raiva por parte da população, acabou vitorioso.
Porém, entendo que não será o Milei que irá, de fato, governar a Argentina a partir de 20 de dezembro de 2023, mas especialmente o Mauricio Macri, que é o principal líder político da Direita Tradicional e Neoliberal da Argentina, sendo o principal representante do sistema financeiro nacional e internacional na Argentina.
Javier Milei, ao final do primeiro turno, quando teve 30% dos votos e ficou em 2o. lugar, percebeu que se quisesse vencer a eleição e governar, então ele teria que se aliar ao Macri, principal liderança do 'Juntos por el Cambio'. Até porque o seu partido (La Libertad Avanza) é pequeno e terá poucos deputados e senadores no Congresso Nacional.
Macri é quem lidera a maior bancada da Direita, no Senado e Câmara, por meio do 'Juntos por el Cambio', que reúne vários partidos liberais e conservadores (Proposta Republicana, o PRO, é o partido de Macri, o mesmo de Patricia Bullrich). Porém, nas duas casas a maior bancada é a dos Peronistas, que fará oposição ao governo Milei.
Então, temos um cenário muito comum na América Latina, incluindo o Brasil, que é o do Presidente demagogo, oportunista, que sabe explorar a raiva da população em um momento de crise e que na campanha eleitoral prometeu o impossível.
Daí, quando esse demagogo começa a governar, ele acaba prejudicando, decepcionando e traindo os seus eleitores e isso é agravado pelo fato de que ele também conta com uma base institucional frágil. Isso é receita certa de crise institucional. Daí, esse presidente fragilizado, demagogo e impopular termina derrubado, seja via Golpe Militar, Impeachment ou Rebelião Popular.
Isso lembra alguém? Sim, temos vários presidentes, como os brasileiros Jânio Quadros, Fernando Collor e Bolsonaro que preencheram estas condições quando se elegeram. Bolsonaro foi mais esperto do que os outros dois e se aliou ao Centrão, evitando seu Impeachment.
No entanto, Milei foi mais esperto ainda do que o Bolsonaro e fez a sua 'aliança com o Centrão' antes mesmo da realização do segundo turno, quando ele se aliou com Mauricio Macri.
Macri é um grande empresário argentino que controla a segunda maior força política e eleitoral do país, que representa politicamente os interesses de grande parte do Grande Capital local e internacional, principalmente o do sistema financeiro.
E a vice de Milei, Victoria Villaruel, trás junto para ele o apoio militar e das forças de Segurança Pública, cujo ministério ela irá comandar a partir de 10 de dezembro.
Assim, com essa ampla aliança (capital financeiro, midiática e militar) feita com Macri, o Milei poderá tentar evitar o mesmo destino de outros presidentes que foram eleitos com um discurso demagógico, prometendo o impossível, que depois decepciona e trai os seus eleitores, e acaba sendo derrubado, via Impeachment ou alguma rebelião popular.
Macri, é claro, ira cobrar caro essa sustentação política ao governo Milei, que seria presa fácil da oposição peronista sem esse apoio, e tudo indica que irá controlar a área econômica do governo, indicando pessoas de sua inteira confiança.
Portanto, o presidente Javier Milei será apenas o instrumento de Macri, bem como do Grande Capital Financeiro, que fracassou em sua tentativa de se reeleger em 2019, quando foi derrotado por Alberto Fernández (peronista). E agora ele se vingou dos peronistas elegendo Milei. E a vitória deste já tinha sido antecipada pelos resultados do primeiro turno.
No primeiro turno, o ultraliberal Javier Milei teve 30% dos votos, enquanto a candidata da Direita Tradicional e Neoliberal (Patricia Bullrich) teve 23,8% dos votos. Assim, a votação de Milei no 2o. turno, que foi de 55,7% dos votos, é pouco superior à soma dos votos dele e de Bullrich no 1o. turno, que foi de 53,8%
Portanto, o resultado do 2o. turno da eleição já tinha sido antecipado no primeiro turno, apesar de Sergio Massa terminando em 1o. lugar, com 36,7% dos votos.
Resultado da eleição do primeiro turno já antecipava o resultado final da eleição, pois a soma dos candidatos da oposição de Direita e Extrema Direita foi de 53,8%, contra 36,7% de Sergio Massa.
Macri foi quem deixou a Argentina em uma péssima situação ao final do seu governo: taxa de desemprego superior a 10% (era de 6% no final de 2015), dívida externa de US$ 280 Bilhões (era de US$ 160 bilhões no final do governo de Cristina Kirchner) e uma taxa de inflação anual de quase 54%, bem superior aos 30% de inflação de 2015.
Assim, Mauricio Macri e o Grande Capital Financeiro é que foram os grandes vencedores desta eleição. É bom ressaltar que o próprio Javier Milei já trabalhou como economista chefe de uma grande empresa que administra a maioria dos aeroportos do país, a 'Corporación América', que pertence ao bilionário argentino Eduardo Eunerkian.
Além disso, o partido de Milei será pequeno no Legislativo, com apenas 38 deputados e 8 senadores eleitos em outubro. Macri é quem lidera a maior bancada da Direita, no Senado e Câmara. Sua coligação elegeu 94 deputados e 24 senadores. Sem o apoio destes, Milei não irá governar. E nas 2 casas maior bancada é a dos Peronistas, com 107 deputados e 34 senadores.
Então, temos um cenário marcado por um Presidente demagogo, que prometeu o impossível, que vai adotar medidas que decepciona e prejudica os seus eleitores e que, inicialmente, contaria com uma base institucional frágil.
Macri, ou um grupo de assessores dele, soube interpretar melhor do que os outros líderes políticos qual era o sentimento dominante na Argentina neste ano, que era o de raiva e frustração com a crise econômica e social que o país enfrenta para a qual o governo de Alberto Fernández não conseguiu dar uma solução.
E daí o esperto Macri percebeu que uma figura não identificada com a classe política tradicional, como é o caso de Javier Milei, poderia ter grandes chances de vencer a eleição. E foi por isso que Macri abandonou a candidatura de Patricia Bullrich logo no primeiro turno, apoiando Milei de forma extra oficial.
Foi assim que Milei foi para o segundo turno, deixando Bullrich em terceiro lugar.
As causas da inflação argentina!
Javier Milei quer dolarizar a economia argentina, mas isso é inviável, porque o principal problema da Argentina é justamente a escassez de dólares. |
Essa crise atual da Argentina tem na taxa de inflação de 140% ao ano a sua principal manifestação. E foi essa inflação altíssima que mais deixou o povo argentino com raiva, e que foi o que o levou a eleger Javier Milei.
Milei é economista de formação, mas foi vendido por três anos pela mídia televisiva e passou a ser visto pelas pessoas como sendo um outsider, como foram os casos de Trump (apresentador de TV e financista), Bolsonaro (um militar e deputado federal do baixo clero) e Zelensky (um comediante popular).
Seu discurso raivoso contra o que ele chamou de 'casta' da política tradicional serviu para atrair outras milhões de pessoas que também estavam com raiva da situação do país. E foi assim, na condição de um porta-voz que expressou essa raiva acumulada pelo povo argentino durante vários anos, que o levou a vencer essa eleição.
Mas uma coisa é ser um porta-voz. Outra bem diferente é ser um líder político que saiba governar e tomar as decisões corretas. E é neste aspecto que Milei tem o seu ponto fraco.
Eu já expliquei, neste blog, em um texto anterior, quais foram as causas desta crise inflacionária que assola a Argentina neste momento e que pode, resumidamente, ser explicada pela seguinte expressão: ESCASSEZ DE DÓLARES.
Na Argentina, os preços são atrelados ao Dólar e todas as vezes em que o mesmo se valoriza os preços sobem. E a cotação do Dólar subiu muito na Argentina durante o governo de Alberto Fernández.
Vejam qual foi a evolução da cotação oficial do Dólar abaixo, sempre no dia 01 de Janeiro de cada ano e, agora, no final de 2023:
01/01/2020: US$ 1 Dólar = 60 Pesos.
01/01/2021: US$ 1 Dólar = 87 Pesos.
01/01/2022: US$ 1 Dólar = 105 Pesos.
01/01/2023: US$ 1 Dólar = 187 Pesos.
17/12/2023: US$ 1 Dólar = 350 Pesos.
É claro que com toda essa valorização do Dólar, a taxa de inflação também aumentou muito na Argentina nos últimos anos. Vejam essa evolução:
2019: 53,6%;
2020: 42%;
2021: 50,9%;
2022: 94,8%;
2023: 142%.
Nota-se que nos dois primeiros anos do governo de Alberto Fernández (2020 e 2021) a inflação foi inferior ao do último ano do governo Macri (2019).
Evolução da taxa de inflação na Argentina. O governo Macri, que terminou em 2019, deixou uma inflação em crescimento para Alberto Fernández. |
Foi a partir de 2022 que começou uma disparada na cotação do dólar no país, o que aconteceu em função de 4 fatores:
A) O empréstimo feito por Macri com o FMI em 2019 (de US$ 56,5 Bilhões), que deixou uma dívida externa total de US$ 280 Bilhões para Fernández;
B) A seca que começou em 2020 e derrubou fortemente a produção e a exportação de alimentos (soja, milho e trigo, em especial), reduzindo as exportações do país. Somente a produção de soja despencou de 56,6 milhões de toneladas em 2019 para apenas 21,5 milhões de toneladas em 2023;
C) A Pandemia de Covid-19, que também começou em 2020, e afetou fortemente a economia global, incluindo a da Argentina, é claro;
D) A Guerra da Ucrânia, com as imensas sanções aplicadas pelos EUA e UE contra a Rússia também afetando a economia mundial.
Neste contexto em que enfrentou 4 grandes catástrofes, o governo de Alberto Fernández foi perdendo reservas e ficou sem recursos para sustentar o valor do Dólar e, assim, ter condições de controlar a inflação.
Vejam a evolução das Reservas Internacionais da Argentina:
2020: US$ 39 Bilhões;
2021: US$ 34 Bilhões;
2022: US$ 34 Bilhões;
2023: US$ 21,4 Bilhões (Dezembro).
E como o PIB da Argentina é de US$ 632 Bilhões (2022), então as reservas são muito baixas, representando apenas 3,4% do PIB. E a dívida externa do país é de US$ 280 bilhões, o que é uma herança do governo anterior de Macri (2015-2019). Assim, as reservas internacionais representam apenas 7,7% da dívida externa.
Para efeito de comparação, o Peru, por exemplo, possui reservas internacionais de US$ 71,2 Bilhões e uma dívida externa de US$ 103,5 Bilhões. Assim, as reservas representam 68,8% da dívida externa.
Logo, com a redução das reservas, o governo da Argentina perdeu a capacidade de controlar a cotação do dólar, levando à disparada da inflação em 2022 (94,8%) e em 2023 (142%).
No caso do Brasil, por exemplo, as reservas internacionais de US$ 340 Bilhões representam 16,6% do PIB (que é de US$ 2 Trilhões) e, desta maneira, o governo brasileiro tem melhores condições de controlar a cotação do dólar e manter a inflação sob controle. Por isso mesmo que, nos últimos 12 meses, a inflação brasileira foi de apenas 4,8%.
Porque o governo Milei não poderá ser o governo 'Macri 2'?
Uma possibilidade para a Argentina, a partir do governo Milei-Macria, é a de que este seria uma tentativa de repetir o governo anterior de Macri (2015-2019). Seria o governo 'Macri 2'
Bem, o grande problema é que isso é totalmente inviável. E afirmo isso por vários motivos:
O governo 'Macri 1' (2015-2019) liberalizou importações e os gastos no exterior, mas isso apenas foi possível porque ele herdou a Argentina, do governo de Cristina Kirchner, com reservas elevadas em dólares (quase US$ 30 Bilhões), um PIB de quase US$ 600 Bilhões, dívidas pública e externa baixas, economia crescendo e uma taxa de inflação de apenas 30% ao ano.
Agora não tem nada disso.
A situação atual da Argentina é muito pior do que a de 2015. E é justamente por isso que não teremos um governo 'Macri 2', com o Milei na condição apenas de um presidente formal. Quem vai mandar no governo dele, mesmo, é o Macri.
Simplesmente não há reservas em dólares (elas diminuíram 50% em 2023, quando comparadas com 2022, caindo para apenas US$ 21,4 Bilhões), a Inflação está em 140% ao ano, os salários reais estão diminuindo, o país está em Recessão e nem a dívida com o FMI que o Macri fez em 2019 (de gigantescos US$ 56,5 Bilhões) foi paga ainda.
E a dívida pública, que era de apenas 52,5% do PIB em 2015, agora está em 85% do PIB. Logo, não existe espaço para aumento de gastos públicos, muito pelo contrário para estimular o crescimento.
E a dívida externa, que era de US$ 160 Bilhões em 2015, agora está em US$ 279 Bilhões (valor que permanece o mesmo desde 2019).
Então, o governo Milei-Macri também não tem espaço para liberalizar importações e gastos no exterior, como o ex-Presidente Macri fez quando tomou posse em dezembro de 2019. Se o Milei fizer isso, as mirradas reservas do país serão zeradas rapidamente e a Argentina terá que declarar moratória da dívida externa.
Portanto, um governo 'Macri 2' que fosse uma mera tentativa de repetir o governo 'Macri 1' é inteiramente inviável. Isso seria receita certa de fracasso.
O governo 'Macri 1' foi um desastre e o 'Macri 2' não seria diferente, agora, se insistisse nas mesmas políticas de 2015-2019.
E essa história da Argentina virar as costas para China e Brasil é coisa de suicida, pois estes são justamente os 2 maiores parceiros comerciais da Argentina.
O Brasil é o maior comprador de produtos argentinos, adquirindo 14,3% das exportações argentinas. A China vem logo a seguir, comprando 9% das exportações do país. E com relação às importações argentinas, 21,5% vem da China e 19,6% são originárias do Brasil.
E essa história de priorizar as relações com o tal 'mundo livre' também está condenada ao fracasso, pois esse 'Mundo Livre' está em decadência. EUA e UE ainda não superaram os efeitos nefastos das sanções estúpidas que promoveram contra a Rússia em função da Guerra da Ucrânia.
Os juros ainda permanecem altos nos EUA e na UE e não deverão cair tão cedo, o que puxa o crescimento econômico deles para baixo. Assim, a Argentina só terá algum futuro econômico viável se ela aprofundar relações com os BRICS, que é o que o Alberto Fernández estava fazendo.
Portanto, o cenário atual para a Argentina, tanto no plano interno, quanto no externo, é muito diferente daquele que existiu durante o governo 'Macri 1' (2015-2019).
Quando o Macri assumiu o governo no final de 2015 a situação da Argentina era muito melhor do que a atual: inflação bem menor, em torno de 30% ao ano, grandes reservas em dólares (40% maiores do que as atuais), dívida externa e pública bem menores e sob controle, salários em bom patamar.
Agora não temos nada disso.
Assim, a situação atual da Argentina é péssima: Recessão, Inflação de 140% ao ano (se o Milei tentar uma dolarização ela poderá passar de 1000% ao ano); Reservas em dólares caíram 50% apenas em 2023 e somente não são menores ainda porque Fernández fechou acordo de Swap (troca) de Pesos por Yuans com a China em Junho deste ano.
A crise que a Argentina enfrenta é provocada por ESCASSEZ DE DÓLARES, o que é fruto da dívida feita por Macri com o FMI em 2019 (US$ 56,5 Bilhões) e, também, da seca que durou de 2020 até 2023, que derrubou bastante a produção e exportação de alimentos (a produção de soja despencou 62%, caindo de 56,6 milhões de toneladas em 2019 para apenas 21,5 milhões de toneladas em 2023).
Como seria possível superar a crise?
Javier Milei e sua futura ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, que já falou que Argentina não irá fazer parte dos BRICS. |
A única maneira da Argentina superar esta crise, que é de ESCASSEZ DE DÓLARES seria, após o fim da seca, aumentar a competitividade externa da sua economia, a fim de elevar fortemente as exportações e, assim, aumentar as suas reservas em dólares. Atrair investimentos produtivos externos para reindustrializar o país também seria uma boa iniciativa.
No entanto, para fazer isso, a Argentina teria que esquecer o tal do 'Mundo Livre', que vive a sua decadência e se encontra em crise. Mas é justamente o que Milei e Macri defendem, ou seja, fortalecer os laços da Argentina com esses países do 'Mundo Livre'.
Os EUA estão, por exemplo, promovendo a desindustrialização da UE, que perdeu o seu mercado de exportação para a Rússia, bem como tem que pagar mais caro pelo petróleo e gás russos, que compra de intermediários (Índia, por exemplo), transformando-a em uma região cada vez mais empobrecida e militarizada.
Além disso, os países do 'Mundo Livre' (EUA, Canadá, Austrália, UE) são concorrentes da Argentina no agronegócio. Enquanto isso, são as economias dos BRICS que são as grandes compradoras dos principais produtos de exportação argentinos (China e Brasil).
A melhor saída para a crise da Argentina seria aprofundar a sua integração aos BRICS ampliados, do qual ela passará a fazer parte em 2024 (em 01 de Janeiro). Isso se o governo Milei-Macri não cancelar a adesão do país ao bloco.
Além disso, as economias dos BRICS ampliados são justamente aquelas que mais crescem no mundo atualmente (Índia, China, etc). E a perspectiva é a de que ampliação dos BRICS será ainda maior no próximo ano do que já foi em 2023. Há uma fila de cerca de 40 países querendo aderir aos BRICS.
Aprofundar a sua integração ao bloco dos BRICS ampliados é, portanto, a única maneira da Argentina conseguir superar essa crise de ESCASSEZ DE DÓLARES que ela enfrenta neste momento.
Logo, todo esse plano ultraliberal de Milei-Macri (que prevê privatizações, fim dos subsídios sociais, arrocho salarial, dolarização) está condenado ao fracasso, pois ele não permitirá que a Argentina volte a se tornar competitiva externamente e tampouco atrativa para o capital externo produtivo.
LINKS:
Expansão dos BRICS para 11 países:
https://www.bbc.com/portuguese/articles/c3gz5nzlny5o
Economia da Rússia cresceu 5,5% no 3o. trimestre 2023:
https://www.rt.com/business/587478-russia-economy-sanctions-key-sectors-recovery/
Argentina - Evolução da cotação do Dólar (2019-2023):
https://br.investing.com/currencies/usd-ars-historical-data
Taxas de inflação na Argentina - Evolução:
https://www.dadosmundiais.com/america/argentina/inflacao.php
Reservas Internacionais - Evolução:
https://pt.tradingeconomics.com/argentina/foreign-exchange-reserves
A economia argentina no final de 2015:
Dívida Pública - Evolução:
https://pt.tradingeconomics.com/argentina/government-debt-to-gdp
PIB - Evolução:
https://pt.tradingeconomics.com/argentina/gdp
Dívida Externa - Evolução:
https://pt.tradingeconomics.com/argentina/external-debt
Governo Macri eliminou restrições para compra e venda de moeda estrangeira (cepo cambial) no fim de 2015:
Razões do Banco Central argentino para aumentar a taxa de juros:
https://www.poder360.com.br/economia/banco-central-da-argentina-eleva-taxa-de-juros-para-133/
https://static.poder360.com.br/2023/10/argentina-taxa-de-juros-12out2023.pdf
A composição do novo Congresso Nacional:
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