Eleições nos EUA - Jovens garantiram a vitória dos Democratas! Trump é o maior derrotado! Eleitores republicanos preferem DeSanctis como candidato presidencial em 2024!

Eleições nos EUA - Jovens garantiram a vitória dos Democratas! Trump é o maior derrotado! Eleitores republicanos preferem DeSanctis como candidato presidencial em 2024! - Marcos Doniseti!

Os jovens (entre 18 e 29 anos) garantiram a vitória dos Democratas na eleição, pois a vantagem do partido entre o segmento chegou a 28 pontos (63% X 35%). Assim, eles anularam a vantagem dos Republicanos entre os idosos (mais de 65 anos), mesmo com estes representando 28% do eleitorado total, contra 12% dos jovens.


O segmento do eleitorado formado pelos jovens de 18 a 29 anos, que representa 12% do total, deu uma imensa vantagem, de 28 pontos, para os Democratas (63% X 35%) contra os Republicanos nesta eleição de meio de mandato do governo Biden (2021-2025).

Assim, eles anularam totalmente a vantagem que os Republicanos tiveram entre os eleitores que têm mais de 65 anos, que são 28% do eleitorado total, e que foi de 12 pontos.

Então, os jovens de 18 a 29 anos foram os grandes responsáveis por impedir que os Republicanos conquistassem uma grande vantagem sobre os Democratas na Câmara dos Deputados e, também, no Senado.

Aliás, essa disputa, pelo controle da Câmara dos Representantes, está bastante acirrada e existe até a possibilidade de que os Democratas terminem a eleição com 1 deputado a mais do que os Republicanos, o que vai contra todas as pesquisas, que apontavam, no mínimo, uma vantagem de 13 deputados para os Republicanos.

Algumas estimativas apontavam que os Republicanos poderiam conquistar uma bancada de cerca de 40 deputados a mais do que a dos Democratas. Mas, agora, as estimativas mais otimistas dizem que essa diferença deverá ser de, no máximo, 5 ou 6 deputados. E ainda existe a possibilidade dos Democratas conquistarem um deputado a mais do que os Republicanos.

Jovens, como o democrata David Shor (no centro da foto), foram fundamentais para impedir a vitória dos Republicanos nestas eleições. 

As estimativas para o resultado final variam, pois ainda temos muitos votos para deputados sendo contados, o que torna inviável apontar qual partido conquistará a maioria. A MSNBC News estima uma bancada de 216 deputados para os Democratas e de 219  para os Republicanos, mas com uma margem de erro de 4 deputados.

Além disso, os resultados, até o momento, também foram bons para os Democratas no Senado, onde eles já elegeram 50 senadores, contra 49 dos Republicanos. Assim, os Democratas já garantiram o controle do Senado, pois a vice-presidente Kamala Harris tem o voto de minerva quando alguma votação termina empatada.

Falta apenas o resultado do estado da Georgia, que foi para o 2o. turno e no qual o candidato Democrata (Raphael Warnock) foi o mais votado no 1o. turno. Assim, são boas as chances dos Democratas terminarem a eleição com uma bancada de 51 senadores, contra 49 dos Republicanos.

Um elemento fundamental nesta campanha dos Democratas foi a defesa aberta que eles fizeram da Democracia Liberal. Eles mostraram que Trump e seus seguidores representam uma ameaça ao sistema político do país, pois eles se recusam, até mesmo, a respeitar e reconhecer os resultados das eleições.

Eleição 2024: 42% dos eleitores do Partido Republicano preferem Ron DeSanctis para ser o candidato presidencial em 2024. Trump tem a preferência de apenas 35%. O trumpismo foi o grande derrotado destas eleições de meio de mandato.

Trump e seus seguidores continuaram insistindo, nesta campanha, que as eleições de 2020 haviam sido fraudadas e que o candidato Republicano tinha sido o vitorioso. Esse discurso extremista afastou, dos candidatos do Partido Republicano, muitos eleitores independentes e, até, de Republicanos moderados.

Desta maneira, os candidatos identificados com o discurso trumpista do 'Negacionismo Eleitoral' foram derrotados. Os Republicanos vencedores foram aqueles que não adotaram esse discurso.

A questão do direito constitucional ao aborto também foi importante na eleição e o fato da Suprema Corte (de natureza conservadora e ligada aos Republicanos) ter eliminado o mesmo, no início de 2022, acabou beneficiando aos Democratas, que defendem esse direito. 

Assim, as mulheres também votaram em peso nos candidatos Democratas, pois os estados possuem autonomia para reconhecer esse direito em suas constituições.

Entre os eleitores negros a vitória dos Democratas também foi fácil, como sempre acontece, pois foi em um governo dos Democratas (Kennedy-Johnson; 1961-1965) que foram aprovadas e sancionadas as leis dos Direitos Civis.

Trump ficou enfurecido com o fracasso do Partido Republicano nestas eleições, que foram realizadas em meio a uma situação econômica ruim, com a maior taxa de inflação anual da últimas décadas.

Os Democratas também são vitoriosos entre o eleitorado de origem latino-americana (mexicanos, porto-riquenhos, etc). A exceção são os de origem cubana, que majoritariamente votam nos Republicanos.

Porém, a maior vantagem conquistada pelos Democratas foi, de fato, entre os jovens, que se mobilizaram fortemente para derrotar os Republicanos.

Assim, comenta-se muito sobre a importância dos eleitores que pertencem aos 'Millennials' (nascidos entre 1980 e 1994) e à chamada 'Geração Z' (nascidos entre 1995 e 2010). Eles foram decisivos para anular a vantagem dos Republicanos entre os idosos (mais de 65 anos).

Desta maneira, os votos dos jovens permitiram que os Democratas conquistassem bons resultados na eleição, mesmo em um cenário de crise econômica, pois os EUA enfrentam, atualmente, uma taxa de inflação anual bastante elevada, de 8,2%, que é a maior das últimas décadas. 

E o resultado dessas eleições é o visível enfraquecimento de Trump e já temos, até, pesquisas mostrando que o governador reeleito da Flórica, Ron DeSanctis, está na frente de Trump na disputa pela candidatura presidencial dos Republicanos para a eleição de 2024. 

Portanto, tudo aponta para o fato de que essas eleições representaram o canto do cisne de Trump e do Trumpismo.

Movimentos antirracistas (Black Lives Matter), de jovens (Alexandra Ocasio-Cortez) e de Social Democratas tradicionais (Bernie Sanders) tiveram um papel fundamental nos bons resultados que os Democratas conquistaram nesta eleição. E até mesmo Republicanos e Independentes moderados votaram contra os candidatos identificados com Trump.

E que o enfraquecimento do Trumpismo tenha sido antecedido, poucos dias antes, pela vitória de Lula, um Social Democrata de firmes convicções democráticas, sobre Bolsonaro, que é um seguidor e aliado de Trump, na eleição presidencial brasileira, deixa claro que o Neofascismo Global poderá vir a se enfraquecer nos próximos anos.

Afinal, se o Trump é o líder número 1 desse movimento Neofascismo Global, Bolsonaro é o número 2.

Este enfraquecimento do Neofascismo, pelo mundo afora, seria praticamente uma certeza caso a Guerra na Ucrânia chegasse ao fim, pois daí as pressões inflacionárias que se espalharam pelo mundo todo, incluindo os países ricos (EUA e União Europeia), chegariam ao fim. Há quem diga que já estão sendo realizadas negociações, nos bastidores, entre EUA, Ucrânia e Rússia para que a guerra termine.

Desta forma, o fim da guerra na Ucrânia iria, inegavelmente, beneficiar aos atuais governantes, de perfil Liberal ou Social Democrata, que governam países como Alemanha, França, Espanha, Holanda, Portugal, Austrália e Canadá, por exemplo.

As diferentes gerações e suas características.

Links:

Millennials e Geração Z:

https://www.infovarejo.com.br/geracao-z-e-millennials-entenda-as-diferencas-e-o-impacto-no-seu-negocio/

Democratas conquistam a maioria no Senado:

https://www.brasil247.com/mundo/partido-democrata-conquista-maioria-no-senado-dos-eua

Ron DeSanctis ultrapassa Trump na preferência dos Republicanos:

https://twitter.com/YouGovAmerica/status/1591243341165137922

Guerra na Ucrânia - Negociações podem colocar fim ao conflito:

https://sakerlatam.org/biden-asiente-al-compromiso-en-ucrania/

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