Eleições nos EUA: Democratas parecem estar recuperando terreno na reta final da campanha e disputa fica acirrada!
Eleições nos EUA: Democratas parecem estar recuperando terreno na reta final da campanha e disputa fica acirrada! - Marcos Doniseti!
As eleições deste meio de mandato do governo Biden acabam antecipando a disputa que teremos em 2024, quando Biden e Trump irão se enfrentar novamente. |
Até pouco tempo atrás os prognósticos que se faziam para os resultados das eleições que se realizarão nos EUA nesta terça-feira, dia 08/11, era a de que os Republicanos iriam conquistar uma grande vitória, assumindo facilmente o controle da Câmara dos Deputados e, também, do Senado.
Porém, nos últimos dias, o presidente Joe Biden e os Democratas estão usando o discurso da defesa da Democracia contra os Republicanos Trumpistas, que possuem um perfil claramente autoritário e neofascista, e isso pode estar funcionando.
Uma pesquisa realizada pela NBC News, entre os dias 03 e 05 de Novembro, mostrou que 48% dos eleitores preferem que o Congresso Nacional seja controlado pelos Democratas, enquanto que 47% tem preferências pelos Republicanos, invertendo o resultado em comparação com a pesquisa realizada em Outubro.
Desta maneira, os Democratas conseguiram aumentar o grau de entusiasmo do seu eleitorado, o que nos EUA é fundamental, pois o voto no país não é obrigatório e os resultados das eleições dependem muito da capacidade de cada partido conseguir mobilizar o seu eleitorado.
Quanto mais essa mobilização funciona, maiores são as chances de vitória.
Assim, apesar da insatisfação da população com a situação econômica do país (a taxa de desemprego é baixa, de 3,7%, mas a inflação é elevada, de 8,2% ao ano), os Democratas estão conseguindo mobilizar seu eleitorado com o objetivo de evitar uma derrota para os Republicanos Neofascistas e Trumpistas!
É bom ressaltar que a campanha de Lula fez o mesmo no Brasil, montando uma Frente Ampla que assumiu a defesa da Democracia e isso funcionou, mesmo tendo que lutar contra toda a máquina estatal, que foi colocada a serviço da campanha de Bolsonaro.
E a campanha de Lula fez isso ao mesmo tempo em que promoveu grandes mobilizações populares, que reuniram centenas de milhares de pessoas em cidades como Belo Horizonte, Recife e Salvador durante o segundo turno. A festa da vitória, na Avenida Paulista, na noite de 30 de Outubro, também foi inesquecível e reuniu centenas de milhares de pessoas.
Essa vitoriosa Frente Ampla, que foi montada por Lula e pelo PT, incluiu 10 partidos políticos (PSB, PSOL, PCdoB, Rede, PV...) e lideranças que iam dos liberais FHC, André Lara Resende (ambos do PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), passando pela centrista Simone Tebet (MDB), pela ecologista Marina Silva (da Rede), Randolfe Rodrigues (Rede) e também incluiu até os socialistas Juliano de Medeiros, Guilherme Boulos e Luciana Genro (estes últimos três são do PSOL).
Outros pequenos partidos de Esquerda (UP, PCB) também apoiaram Lula no segundo turno.
No caso dos EUA o sistema bipartidário (Democratas X Republicanos) não abre espaço para outros partidos e faz com que a montagem de uma Frente Ampla suprapartidária não seja necessária, mas os partidos possuem várias correntes dentro deles e a capacidade de mobilizar os seus eleitores é fundamental.
Entendo que uma vitória dos Democratas é muito melhor para Lula e para o Brasil, não porque apoie as políticas deles (muito menos a sua agressiva política externa), mas porque os inimigos de Lula e dos Democratas dos EUA são os mesmos, ou seja, os Neofascistas Globais.
Estes movimentos Neofascistas tem em Trump e Bolsonaro os seus nomes mais fortes a nível internacional e atuam em escala global, estando presentes no Chile (Kast), Argentina (Macri), Uruguai, Colômbia (Hernández), Peru (Fujimori), Alemanha (AfD), França (Marine Le Pen e Éric Zemmour), Itália (Giorgia Meloni e Matteo Salvini), Espanha (Vox), Portugal (Chega!), Polônia (Duda) e Hungria (Orban).
E no caso do Brasil, não podemos esquecer que o governo de Biden reconheceu rapidamente a vitória de Lula, logo depois dela ter sido confirmada pelo TSE. E o seu governo se propõe a dialogar com Lula em torno de questões como a defesa da Democracia e do Meio Ambiente.
Trump teria feito exatamente o contrário de Biden. Ele iria se recusar a reconhecer a vitória de Lula, dando respaldo ao mentiroso e falso discurso de fraude utilizado pelos bolsonaristas.
Assim, inegavelmente, Trump acabaria apoiando um Golpe de Estado que seria promovido por Bolsonaro, que foi tentado mesmo sem ter apoio internacional, o que é comprovado pelos criminosos bloqueios de rodovias que foram realizados pelo país inteiro e que contam com o apoio e financiamento de grandes empresários bolsonaristas.
E daí, neste contexto, mesmo que fosse vitorioso, Lula nem tomaria posse. O mais provável é que Lula fosse preso ou até expulso do Brasil, com o PT e os partidos mais à Esquerda e de oposição sendo colocados na ilegalidade.
Portanto, a derrota dos Republicanos Trumpistas nestas eleições, e que são, portanto, claramente Neofascistas, é muito importante para um futuro governo Lula e, também, para o futuro do planeta. Não há diálogo possível com fascistas e assemelhados.
Basta de Fascismo! Chega de Ódio e Violência!
Fora, Neofascistas!
Links:
Democratas conseguem entusiasmar seu eleitorado na reta final:
Taxa anual de inflação nos EUA chega a 8,2%:
https://www.poder360.com.br/economia/taxa-anual-da-inflacao-dos-eua-setembro/
Taxa de desemprego nos EUA cai para 3,7% em Outubro:
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