Governo Bolsonaro vendeu US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais em 2022 para reduzir Inflação de maneira artificial!
Governo Bolsonaro vendeu US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais em 2022 para reduzir Inflação de maneira artificial! - Marcos Doniseti!
Redução da inflação em 2022 é totalmente artificial e não irá durar! Saiba os motivos disso!
O Brasil se encontra em uma péssima situação econômica e financeira, neste momento, mas isso somente irá explodir e ficará mais claro depois da eleição.
Afinal, não é possível ser otimista com um cenário que combina:
- Taxas de juros altíssimas;
- Preços dos combustíveis represados até a eleição;
- Dólar contido de maneira artificial;
- Inflação represada;
- Contas públicas arrebentadas;
- Queda da atividade econômica.
É sobre isso que comentarei nesse texto. Leia a seguir.
Vendas de Reservas Internacionais!
O governo Bolsonaro vendeu US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais para reduzir cotação do Dólar e diminuir a taxa de inflação em 2022.
No início deste ano as Reservas Internacionais eram de US$ 361 Bilhões. E agora estão em apenas US$ 326 Bilhões. Isso representa uma redução de 9,7% das Reservas do país. E isso aconteceu em menos de 10 meses.
Assim, somente em 2022, o governo Bolsonaro vendeu US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais, que foram acumuladas pelos governos Lula e Dilma.
Entre Janeiro de 2003 e Maio de 2016 (governos Lula e Dilma) as Reservas Internacionais do Brasil cresceram de US$ 16 Bilhões para US$ 376 Bilhões.
E agora estão em US$ 326 Bilhões.
Com essas vendas de US$ 35 Bilhões em 2022, a cotação do Dólar é reduzida, colaborando para a queda da taxa de inflação, pois os produtos importados ficam mais baratos.
Mas isso acontece de maneira totalmente artificial, pois esse é o tipo de política que não pode ser mantida por muito tempo, pois daí o Brasil ficaria com um patamar muito baixo de Reservas, expondo o país com mais força à crescente e contínua instabilidade da economia internacional.
Então, por meio dessa medida de venda de parte significativa das Reservas Internacionais (US$ 35 Bilhões apenas em 2022), o governo Bolsonaro engana a população, dizendo que conseguiu reduzir a inflação, quando isso não acontece.
Taxa Selic subiu de 2% para 13,75% ao ano desde 2021!
É justamente por isso que, mesmo com essa 'queda' (apenas temporária) da taxa de inflação o Banco Central se recusa a reduzir a Taxa Selic (que está em 13,75% ao ano), pois ele sabe que essa 'redução' da inflação é totalmente artificial e não tem como ser mantida por muito tempo.
É bom lembrar que no final do governo Temer a Taxa Selic era de apenas 6,5% ao ano. Assim, ela aumentou 7,25 pontos (aumento real de 111,5%) durante o governo Bolsonaro. E se compararmos com a taxa que vigorava em janeiro de 2021, a situação é ainda pior, pois a Taxa Selic, naquele mês, era de apenas 2% ao ano. Essa redução, durante os anos de 2020 e 201, ocorreu devido à necessidade de estimular a economia para combater os efeitos recessivos da Pandemia de Covid-19.
Assim, o governo Bolsonaro consegue ser ainda pior do que o foi o de Temer na economia.
Bolsonaro-Guedes arrebentam as Contas Públicas! Pagamento de juros da Dívida Pública aumentou 71,5% em 2022!
As contas públicas também estão sendo arrebentadas pelo governo Bolsonaro em 2022, pois o mesmo está promovendo um aumento brutal dos gastos públicos, o que está sendo feito com finalidades eleitorais.
Foi por isso que, apenas em Agosto deste ano, o Déficit Primário do Governo Federal ficou em espantosos R$ 50 Bilhões. Para se ter uma ideia, em Julho o governo federal tinha obtido um Superávit Primário de R$ 18,9 Bilhões.
Então, ocorreu uma piora de quase R$ 69 Bilhões de um mês (Julho) para outro (Agosto) nas contas do Governo Federal.
E quais foram as razões para isso? Simples: Foram os gastos eleitoreiros de Bolsonaro, incluindo:
- Aumento do valor do Auxílio Brasil para R$ 600 (valor que irá valer só até o final de 2022; ano que vem cairá para R$ 405);
- Aumento no pagamento de benefícios previdenciários.
- Aumento no pagamento de precatórios.
Com isso, o Déficit Público Nominal (inclui pagamento de juros da dívida pública) chegou a R$ 65,9 bilhões apenas em Agosto deste ano. E no acumulado em 12 meses esse Déficit está em R$ 392 Bilhões, o que equivale a 4,2% do PIB.
- O aumento da Taxa Selic para altíssimos 13,75% ao ano, por sua vez, fez disparar, em 2022, o pagamento de Juros da Dívida Pública. No acumulado em 12 meses (terminado em Agosto de 2022) esse valor chega a espantosos R$ 575,6 Bilhões (entre Setembro de 2021 e Agosto de 2022).
Em 2021, no mesmo período de 12 meses (Setembro de 2020 a Agosto de 2021) o pagamento de juros da Dívida Pública chegou a R$ 335,7 Bilhões.
Assim, nos 12 meses terminados em Agosto de 2022, o pagamento de Juros da Dívida Pública aumentou R$ 239,9 Bilhões (comparado com os 12 meses terminados em Agosto de 2021), o que representou um aumento real gigantesco, de impressionantes 71,5%, de um ano para o outro.
Apesar disso, tal como mostrou o IBC-BR (do Banco Central), o PIB brasileiro caiu 1,13% em Agosto deste ano, mostrando o esgotamento do modelo econômico adotado por Bolsonaro e Paulo Guedes.
E toda essa catástrofe e financeira que o Brasil enfrenta neste momento irá explodir depois da eleição. Afinal, não é possível ser otimista com um cenário que combina:
- Taxas de juros altíssimas;
- Preços dos combustíveis represados até a eleição;
- Dólar contido de maneira artificial;
- Inflação represada;
- Contas públicas arrebentadas;
- Queda da atividade econômica.
Abre os olhos, povo brasileiro!
Desta maneira, o Brasil se encontra no seguinte cenário!
O IBC-BR, índice do Banco Central, mostrou uma forte queda do PIB, de 1,13%, em Agosto deste ano. Isso deixa claro o fracasso da política econômica de Bolsonaro-Guedes. |
1- Redução artificial da taxa de Inflação por meio da venda de US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais apenas neste ano;
2- Forte aumento da Taxa Selic, que chegou a 13,75% ao ano, o que fez as despesas com o pagamento de juros da Dívida Pública aumentarem 71,5% em 2022;
3- Grande aumento dos gastos públicos, com finalidades eleitorais, gerando um Déficit Primário de R$ 50 Bilhões nas contas do Governo Federal apenas em Agosto deste ano.
4- Redução artificial dos preços dos combustíveis, que continuam dolarizados e conectados com os preços do petróleo e dos combustíveis no mercado internacional.
Mas a Petrobras já está pedindo para que os preços aumentem, o que somente não aconteceu, até o momento, devido aos interesses eleitoreiros de Bolsonaro.
5- Queda da atividade econômica, com o IBC-BR (índice do Banco Central) mostrando uma redução de 1,13% do PIB brasileiro em Agosto deste ano.
Conclusão!
1- Em 2022 a inflação foi reduzida de maneira totalmente artificial pelo governo Bolsonaro;
2- Isso ocorreu por meio da venda de US$ 35 Bilhões das Reservas Internacionais e, também, por meio de uma falsa redução dos preços dos combustíveis. Tais medidas são temporárias e irão durar apenas até o final da eleição;
3- Desta maneira, o governo Bolsonaro está enganando a população, criando uma falsa e artificial 'melhora' da situação econômica neste ano;
4- Porém, tais medidas, que são meramente eleitoreiras e demagógicas, irão gerar sérios problemas para todos depois que a eleição acabar;
5- Depois da eleição nós teremos grandes aumentos de preços, provocando uma nova disparada da inflação (de alimentos, combustíveis);
6- E as contas públicas, depois da eleição, também estarão em situação muito pior, pois Bolsonaro injetou R$ 281 Bilhões na economia neste ano, criando uma falsa sensação de crescimento econômico, que também terminará depois da eleição;
7- Assim, a conta de todas essas medidas irresponsáveis e enganadoras, que foram adotadas por Bolsonaro em 2022, será paga pela população brasileira depois da eleição.
8- É justamente por saber que essa 'melhoria econômica' é falsa e artificial que o Banco Central não está reduzindo a Taxa Selic neste momento, o que aconteceria se o BC estivesse convencido de que a 'redução' da inflação, que temos em 2022, fosse sustentável. Mas não é.
Link:
Vendas de Reservas Internacionais chegam a US$ 35 Bilhões em 2022:
Déficit Primário de Agosto de 2022 fecha em R$ 50 Bilhões:
Estatísticas Fiscais do Banco Central de 30/09/2022:
https://www.bcb.gov.br/estatisticas/estatisticasfiscais
Prévia do PIB mostra queda da atividade econômica em Agosto:
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