Boom de Commodities: Preços triplicaram no mercado internacional durante o governo Bolsonaro! Dólar acumula valorização de 37,5% no mesmo período!

Boom de Commodities: Preços triplicaram no mercado internacional durante o governo Bolsonaro! Dólar acumula valorização de 37,5% no mesmo período! - Marcos Doniseti!

Preços das commodities no mercado internacional triplicou desde 2020. Os preços estão em um patamar 30% superior ao daqueles que tivemos no auge do 'Boom das Commodities' que ocorreu entre 2002-2008. Esse novo 'Boom' beneficiou imensamente ao Brasil, ao governo Bolsonaro e, é claro, ao agronegócio, que está lucrando como nunca na vida.

Muito se fala sobre o fato de que o governo Lula se beneficiou com um grande aumento nos preços das commodities durante o seu governo, período que foi chamado de 'Boom das Commodities'.

Bem, vamos aos fatos.

1- O boom das commodities realmente aconteceu. Esse 'boom' beneficiou a todos os países que produzem e exportam commodities, tais como os EUA, a Austrália, a Argentina, o Chile, a Arábia Saudita, o Qatar, a Rússia, o Brasil e muitos outros países mundo afora.

Esse 'Boom' começou já em 2002, no último ano do governo FHC, e durou até Setembro de 2008, quando ocorreu a quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. Essa quebra encerrou o 'Boom das Commodities', cujos preços despencaram em função dessa crise.

Portanto, esse 'Boom' não durou todo o governo Lula. Ele se desenvolveu por pouco menos de 6 dos 10 anos de governo Lula (2003 até setembro de 2008).

2- Assim, em Setembro de 2008, tivemos o início da pior crise financeira e econômica desde a Grande Depressão dos anos 1930. Ocorreu uma Grande Depressão que durou cerca de 1 ano, entre Setembro de 2008 e Agosto de 2009.

Com essa Depressão, os preços das commodities despencaram no mercado internacional, com os seus preços caindo pela metade neste período (desabaram de um patamar 200 para 100).

3- Depois, com o fim (pelo menos nos EUA e na China, as duas maiores economias do mundo) do pior momento da Depressão, tivemos o início de uma recuperação parcial dos preços das commodities, que vai durar até o final de 2010.

4- Mas essa recuperação não fez com que os preços voltassem ao patamar do 'Boom' (cresceram de um patamar 100 para 150).

Essa recuperação ocorreu porque alguns países, principalmente a China, aproveitaram que os preços das commodities estavam muito baratos e passaram a comprar as mesmas em grandes quantidades, resultando no aumento dos seus preços.

5- Depois, entre 2011 e 2014 (primeiro governo Dilma) o mercado de commodities passou por oscilações, sendo que em um período de 2012 eles chegaram próximo do patamar da época do 'Boom'.

Mas no mesmo ano (2012) os preços voltaram a cair e mantiveram-se num patamar de 170 até o final de 2014 (final do primeiro governo Dilma), quando os preços das commodities voltaram a despencar, o que durou até o início de 2016.

6- Em meados de 2016, no início do governo Temer, tivemos uma recuperação dos preços das commodities, o que dura até o final de 2018.

7- Durante quase todos os meses de 2019, começo do governo Bolsonaro, os preços das commodities oscilam pouco, até que sofrem uma forte queda em 2020.

Mas isso durou poucos meses e já no final de 2020 os preços das commodities voltaram a disparar.

8- Assim, a partir do final de 2020, com esse grande aumento, os preços das commodite subiram muito e superaram até mesmo os valores máximos atingidos no 'Boom' anterior, durante o governo Lula (2003 até Setembro de 2008).

Os preços das commodities saíram de um patamar de 80 para um patamar de 240. Eles triplicaram, portanto, durante o governo Bolsonaro.

Esse novo 'Boom das Commodites', portanto, já dura 3 anos, e ocorre inteiramente durante o governo Bolsonaro (2019-2022).

9- Portanto, já estamos há 3 anos consecutivos que estamos vivenciando um novo 'Boom das Commodities' em escala global.

E é claro que isso beneficiou imensamente ao governo Bolsonaro, ao agronegócio e às empresas de petróleo e mineração (soja, milho, minério de ferro, petróleo, em especial), que foram os setores que mais cresceram no Brasil nos últimos anos.

É por isso que esses setores estão faturando e lucrando como nunca.

E tais lucros foram aumentados ainda mais pela política cambial do governo Bolsonaro, que permitiu que o Dólar se valorizasse bastante durante o seu mandato, mesmo tendo herdado cerca de US$ 370 Bilhões do governo Temer.

Temer, por sua vez, herdou essas imensas reservas dos governos Lula e Dilma, que foram os responsáveis por acumular as mesmas.

No final de 2018 (dia 31 de Dezembro) o Dólar estava cotado a US$ 3,87.

Enquanto isso, ontem (26 de Outubro de 2022), o Dólar está cotado a R$ 5,32.

Assim, o Dólar se valorizou 37,5%, em relação ao Real, durante o governo Bolsonaro.

Basta levar em consideração quanto os preços das commodities aumentaram e somar esse aumento com a valorização do Dólar desde 2019 para se perceber o quanto os exportadores de commodities acumularam riqueza.

Os exportadores estão com os seus 'cofres' abarrotados de Dólares e de Reais, pois o governo Bolsonaro permitiu que o aumento dos preços externos fosse repassados para os preços internos de alimentos e combustíveis, dolarizando os mesmos.

10- Logo, não é à toa que os exportadores de commodities apoiam Bolsonaro de forma tão ostensiva, mesmo que isso aconteça com um número cada vez maior de brasileiros que está passando fome (já são 33 milhões) e que estão com dificuldades crescentes para conseguir pagar as contas, principalmente para poder pagar a compra do supermercado.

Entenderam, agora, porque os preços dos alimentos e dos combustíveis subiram tanto durante o governo Bolsonaro?

Links:

Cotação do Dólar em 2018:
https://www.idealsoftwares.com.br/indices/dolar2018.html 

Cotação do Dólar em 2022:
https://www.idealsoftwares.com.br/indices/dolar2022.html
 

Gigante do agronegócio, Klabin tem aumento de 70% no lucro (produção aumentou apenas 9%):
https://revistaoeste.com/agronegocio/klabin-gigante-do-agronegocio-registra-70-de-aumento-lucro/


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