Pesquisa CNT-MDA: Lula é o favorito e aprovação de 34% de Bolsonaro inviabiliza aprovação de Impeachment!
Pesquisa CNT-MDA: Lula é o favorito e aprovação de 34% de Bolsonaro inviabiliza aprovação de Impeachment! - Marcos Doniseti!
O ex-Presidente Lula lidera todas as pesquisas para a eleição presidencial de 2022 e possui grandes chances de vencer no primeiro turno.
Lula vencendo no Primeiro Turno!
A mais recente pesquisa CNT-MDA mostrou os seguintes resultados:
A) Cenário - Lula X Outros:
Lula 41,3%;
Outros 42,3%;
B) Cenário por candidato (primeiro turno):
Lula 41,3%;
Bolso 26,6%;
Ciro 5,9%;
Moro 5,9%;
Doria 2,1%;
Mandetta 1,8%;
BR-NU 16,4%.
C) Cenário do Segundo turno:
Lula 52,6% X 33,3% Bolsonaro;
Lula 51,9% X 18,1% Doria.
A pesquisa CNT-MDA foi realizada de forma presencial e domiciliar entre os dias 01 e 03 de Julho, com 2002 eleitores, em 137 municípios, em 25 unidades da Federação. Ela tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
O problema dessa pesquisa é incluir o nome de Moro, que não é candidato. E sem a inclusão do seu nome, o mais provável é que Lula ultrapassaria a soma dos votos dos outros candidatos, conquistando a maioria absoluta e liquidando a eleição no primeiro turno.
Um candidato da Direita Tradicional/Terceira Via teria chances de vencer em 2022?
Essa pesquisa também mostrou que um candidato de 'Terceira Via' é o preferido por 30% dos eleitores, contra 25% de preferência por Bolsonaro e 40% de preferência por Lula.
Logo, essa pesquisa foi feita para isso: Descobrir se existem eleitores em número suficiente para que a Direita Tradicional possa lançar um nome que tenha condições de enfrentar e derrotar Lula e Bolsonaro.
Essa Direita Tradicional reúne, essencialmente, 5 partidos, que são o PSDB, MDB, DEM e Podemos. Se incluirmos nessa lista também o PP e o PSD, então teremos os partidos que são herdeiros do MDB e da ARENA da época da Ditadura Militar.
Isso mostra o quanto o eleitorado brasileiro é bastante conservador politicamente, pois o mesmo elegeu, em 2020, uma imensa maioria de prefeitos e vereadores destes 6 partidos.
Em tese, esses 30% seriam suficientes para viabilizar um nome da chamada 'Terceira Via'. O problema principal é encontrar um nome que possa atrair o voto de todo esse eleitorado. E esse nome, até agora, não existe. Existem várias possibilidades, sendo que os principais nomes são João Doria, Ciro Gomes, Eduardo Leite e Luiz H. Mandetta.
Mas tentar descobrir e viabilizar esse nome que unificaria esse espectro político será a principal tarefa da Direita Tradicional até a eleição de 2022.
E o nome que está sendo testado e impulsionado pela Direita Tradicional (ou por setores desta), neste momento, é o de Eduardo Leite (PSDB), governador tucano do Rio Grande do Sul, que é Neoliberal e apoiou Bolsonaro em 2018.
Para viabilizar esse nome, no entanto, a Direita Tradicional teria que reduzir substancialmente o nível de aprovação de Bolsonaro, que a pesquisa mostrou que se encontra em 33,8%, contra 62,5% de desaprovação.
Pesquisa PoderData mostra cenário semelhante ao da CNT-MDA!
Uma outra pesquisa que foi divulgada nestes dias, a da PoderData (ligada ao site Poder360) mostrou um cenário semelhante ao da pesquisa da CNT-MDA, com Lula chegando a 43% dos votos totais, contra 44% dos demais candidatos.
Os resultados da pesquisa PoderData foram os seguintes:
A) Cenário Lula X Outros:
Lula 43% X 44% Outros;
B) Cenário com todos os candidatos:
Lula 43%;
Bolsonaro 29%;
Ciro 6%;
Doria 6%;
Mandetta 3%.
BR-NU 13%.
C) Segundo Turno:
Lula 55% X 32% Bolsonaro (votos totais);
Lula 63% X 37% Bolsonaro (votos válidos);
Lula 51% X 17% Doria (votos totais);
Lula 48% X 15% Ciro (votos totais);
Ciro 45% X 40% Bolsonaro (votos totais);
Doria 44% X 39% Bolsonaro (votos totais).
Afinal, porque Bolsonaro não é derrubado?
Bolsonaro não é derrubado porque ainda conta com um patamar de aprovação significativo, que está em 34%, o que lhe garante presença no segundo turno da eleição, e porque coloca em prática políticas que atendem aos interesses do Grande Capital e do governo dos EUA.
A viagem do diretor da CIA, William Burns, ao Brasil, há poucos dias, foi realizada para encontrar Bolsonaro e os principais nomes do seu governo aconteceu para que possam acertar os ponteiros entre eles.
E com esse patamar de aprovação, torna-se inviável derrubar Bolsonaro do cargo. Esse nível de aprovação teria que cair para algo em torno de 15% para que o Impeachment dele pudesse ser aprovado. Dilma, quando foi derrubada, tinha um nível de aprovação de apenas 10%.
Foi por isso que Dilma acabou sendo abandonada pelos partidos Conservadores que lhe davam sustentação, o que permitiu a sua derrubada, mesmo que nenhum crime de responsabilidade tenha sido cometido pela então Presidenta, como foi reconhecido, há poucos dias, por Luis Roberto Barroso, ministro do STF.
Somente assim, com um índice de aprovação bastante reduzido, seria possível aprovar o seu Impeachment, pois um Presidente tão rejeitado acabaria sendo abandonando pelo Centrão, que o bloco de partidos Conservadores que é quem dá sustentação parlamentar ao seu governo.
Além disso, esse patamar de aprovação, de quase 34%, também permite que Bolsonaro tenha um lugar garantido no segundo turno da eleição presidencial, no qual enfrentaria Lula, inviabilizando um nome de 'Terceira Via' (Direita Tradicional).
E caso consiga derrubar esse nível de aprovação, não há nenhuma garantia de que os eleitores que abandonarem Bolsonaro irão migrar, automaticamente, para um candidato da Terceira Via.
Esses eleitores poderão não votar em ninguém, aumentando o percentual de Brancos, Nulos e Abstenções e uma parte deles também poderá votar em Lula, principalmente entre os eleitores de menor renda, que foram beneficiados por políticas sociais criadas nos governos do PT, como o Bolsa Família e o aumento real anual do Salário Mínimo.
Além disso, o governo Bolsonaro está colocando em prática e aprovando todas as medidas e 'reformas' Neoliberais que o Grande Capital deseja, incluindo privatizações do Correio e da Eletrobras, autonomia do Banco Central, arrocho salarial, destruição dos programas de inclusão social e de distribuição de renda.
Assim, não interessa ao Grande Capital derrubar um governo que é tão submisso aos seus interesses. E ao Centrão isso também não é interessante, pois o mesmo passou a controlar uma fatia significativa do orçamento do governo federal, permitindo usar dos recursos do Estado (verbas, cargos...) para se fortalecer eleitoralmente para 2022.
Em termos de política externa, o governo Biden prefere, com certeza, um candidato da Direita Tradicional (Terceira Via).
Porém, entre a continuidade de Bolsonaro e a vitória de Lula, o governo Biden, com certeza, irá preferir a continuidade do governo atual, que lhe é totalmente submisso em termos de política externa, mantendo o Brasil afastado dos BRICS e dos demais países da América Latina que contam com governos Progressistas (Argentina, México, Bolívia, Venezuela).
Portanto, o cenário atual continua apontando para o fato de que, na eleição presidencial de 2022, o embate principal será entre Lula e Bolsonaro, com um candidato de Terceira Via ficando sem chances reais de vitória.
Link:
Pesquisa CNT-MDA:
Diretor da CIA visita o Brasil e se reúne com Bolsonaro e a liderança do governo brasileiro:
Luis Roberto Barroso e a derrubada de Dilma:
Governo Bolsonaro quer privatizar os Correios rapidamente:
https://economia.ig.com.br/2021-07-06/privatizacao-correios-data.html
Congresso aprova a privatização da Eletrobras:
Pesquisa DataPoder360: Lula cresce 12 pontos e pode vencer no primeiro turno:
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