Eleição 2020: Direita tradicional confirma hegemonia nos pequenos municípios, mas PT conquista votação 20% maior nos 96 municípios mais populosos e vai ao 2o. turno em 15 cidades! Bolsonarismo antipolítica desmoronou!
Eleição 2020: Direita tradicional confirma hegemonia nos pequenos municípios, mas PT conquista votação 20% maior nos 96 municípios mais populosos e vai ao 2o. turno em 15 cidades! Bolsonarismo antipolítica desmoronou! - Marcos Doniseti!
Se levarmos em consideração o número de cidades e, principalmente o número de votos, os partidos da Direita Tradicional foram os grandes vitoriosos nesta eleição municipal.
Mas isso não é novidade, pois essa Direita Tradicional sempre foi hegemônica nos pequenos municípios e, logo, sempre venceu as eleições municipais, onde fatores locais são muito mais importantes, enquanto que as questões nacionais ficam em segundo plano. Isso é um fenômeno histórico.
As pequenas cidades são, na sua imensa maioria, bastante conservadoras e são controladas econômica e politicamente por um pequeno grupo de famílias e grupos econômicos poderosos. Muitas destas famílias e grupos econômicos são hegemônicas há décadas em muitas destas cidades.
Portanto, o fato de que legendas da Direita Tradicional e conservadoras tenham vencido na imensa maioria dos municípios e conquistado a maioria dos votos é algo absolutamente normal. Surpreendente seria se isso não tivesse acontecido.
Isso acontece também porque os resultados das eleições municipais sempre são muito influenciados pelos governadores, que se articulam para eleger o máximo de prefeitos e vereadores das legendas que apoiam aos seus governos.
E a imensa maioria dos governos estaduais é controlado pelos partidos da Direita Tradicional, o que é comprovado pela relação abaixo.
- PSDB governa São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e o Acre;
- NOVO governa Minas Gerais;
- MDB governa Alagoas e Pará;
- DEM governa Goiás e Mato Grosso;
- PSD governa o Paraná e Sergipe;
- PSC governa o Rio de Janeiro e o Amazonas;
- PSL governa Rondônia;
- PHS governa Tocantins.
- Santa Catarina e Roraima tem governadores conservadores, mas que estão sem partido neste momento.
Logo, são 17 estados sob o controle direto das legendas da Direita Tradicional ou Conservadora.
Já no caso das legendas com um perfil claramente Progressista (PT, PCdoB, PSOL) o número de governos estaduais é bem menor, limitando-se a 5 estados.
Assim, o PT governa apenas 4 dos 26 estados (Bahia, Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte) e o PCdoB governa o Maranhão.
Número de vereadores eleitos por cada partido. DEM, PP e PSD tiveram um crescimento expressivo, aumentando em 3.600 o número de vereadores eleitos. MDB e PSDB, juntos, perderam 1.600 vereadores. |
Já o PSB e o PDT, que se tornaram partidos centristas moderados e até conservadores em muitas cidades e estados, governam 4 estados. O PSB governa Paraíba, Pernambuco e Espírito Santo, enquanto o PDT governa o Amapá, cujo Vice é do PROS.
Os dois partidos estão tentando, nos últimos anos, ocupar uma posição de Centro Moderado na política nacional, evitando de se aliar tanto com o PT, quanto com a Direita Radical em termos federais. Mas nos planos estadual e municipal eles se aliam a partidos de vários espectros ideológicos.
Logo, o PT governa 4 estados, o PSB governa 3, o PCdoB e o PDT governam 1 cada, totalizando 9 estados.
Mas nos grandes e médios centros urbanos do país o cenário é diferente e a disputa é muito mais equilibrada. Estes municípios são muito mais relevantes em termos de poder econômico e influência política, bem como em número de habitantes e de eleitores.
Assim, se um partido vence a eleição em 450 municípios com, no máximo, 10 mil eleitores, ele irá governar uma população menor do que um outro partido que vença uma única eleição em uma cidade como São Paulo (8,9 milhões de eleitores) ou Rio de Janeiro (4,9 milhões de eleitores).
Este é um dado importante em uma eleição municipal e para a qual não se dá a devida atenção, ou seja, qual é a população que cada partido irá governar.
O Integralismo e o seu sucessor: O Bolsonarismo!
O bolsonarismo é um fenômeno político e eleitoral que possui, sim, raízes culturais e históricas profundas no Brasil, tendo como principal ancestral o Integralismo liderado por Plínio Salgado, Miguel Reale e Gustavo Barroso na década de 1930.
De certa maneira, o Bolsonarismo é a retomada dos valores e ideais do antigo Integralismo, pois ambos os movimentos são marcados pelas mesmas características.
As principais características do Integralismo eram as seguintes:
A) Defesa de uma Ditadura, que submeta as instituições e organizações do Estado ao movimento (Justiça, Polícia, Forças Armada, Congresso Nacional, governos estaduais);
B) Culto e mitificação do Líder autoritário, que é considerado como o portador da verdade, sendo o Plínio Salgado nos anos 1930 e o Bolsonaro agora;
C) Ódio pela política tradicional, defendendo o fim do Parlamento e o fechamento dos partidos de oposição;
D) Defesa de um Nacionalismo Patriótico, que promove a defesa da união de toda a população em torno da ideia de Pátria e de Nação, que é uma forma de esconder e desvalorizar a importância das imensas diferenças e desigualdades regionais e sociais;
E) Discurso violentamente antiesquerdista, que prega a destruição de todos os movimentos de perfil Socialista, Trabalhista, Comunista ou Anarquista;
F) Adoção de um discurso e políticas racista, machista, homofóbico e xenófobo;
G) Mobilização de massas, de baixo para cima, com muitos membros se integrando em organizações paramilitares (tipo as SA nazistas), que são usadas para atacar as forças políticas tradicionais, consideradas como sendo muito fracas e incapazes de destruir as forças políticas e sociais organizadas das Esquerdas em geral.
Esse discurso se voltava contra o PCB nos anos 1930, contra o PTB getulista e trabalhista nos anos 1950 e 1960 e contra o PT no período atual. Se futuramente o PSOL se tornar o principal partido da Esquerda brasileira, então esse ódio será direcionado contra o partido.
Movimentos sociais que representam as camadas populares também são violentamente atacados pelos movimentos Fascistas e Neofascistas, como foram e são os casos das Ligas Camponesas, da CGT pré-1964, da UNE (antes e depois da Ditadura Militar) e dos mais recentes MST, da CUT e do MTST, entre outros.
Mais recentemente os movimentos sociais e organizações de defesa das mulheres (feministas), LGBTQIAP+, jovens, sem-terra, sem-teto, antirracistas, de estrangeiros.
Todas estas características estão presentes no Bolsonarismo, que é o legítimo sucessor do Integralismo.
O fracasso do governo Bolsonaro, o enfraquecimento do Bolsonarismo e o seu retorno para os braços da Direita Tradicional!
Quando um determinado movimento, partido ou governo entram em processo de decadência, sempre temos aqueles casos de pessoas que, de maneira oportunista, abandonando o 'barco que está afundando' e se direcionam para outros, que estão em ascensão.
E com o Bolsonarismo aconteceu a mesma coisa.
Um exemplo histórico está relacionado com a Ditadura Militar. que começou a se enfraquecer bastante politicamente quando o MDB deu uma verdadeira surra na ARENA nas eleições de 1974 e de 1976, tendo sido o grande vitorioso nos grandes e médios centros urbanos e também nos estados mais ricos e populosos (SP, RJ, MG, PR).
Assim, a ARENA passou a ser considerada como a legenda dos chamados 'grotões', das pequenas cidades do interior, das áreas rurais, que sempre foram muito mais conservadoras politicamente do que as grandes e médias cidades.
E os partidos que são originários da antiga ARENA (DEM, PSD, PP) continuam muito fortes eleitoralmente nestas pequenas cidades, como foi comprovado nesta eleição de 2020.
Neste sentido, foi importante para o PT ter aumentado em 20% a sua votação nas 96 maiores cidades do país na comparação com 2016 e de ter passado para o segundo turno em 15 cidades, incluindo 2 capitais (Recife e Vitória).
E o PT também está presente em duas capitais com o candidato a Vice, em Porto Alegre, de Manuela (PCdoB), e também em Belém, de Edmílson Rodrigues (PSOL). Assim, o PT iniciou um processo de recuperação pelos grandes e médios centros urbanos. Falta, agora, recuperar espaço nas pequenas cidades.
Outro resultado que ficou bastante claro nesta eleição é que a onda bolsonarista da antipolítica e antiesquerdista se enfraqueceu se levarmos em consideração os resultados da eleição de 2018.
Novos nomes com perfil agressivo e com esse discurso não conseguiram resultados tão bons quando há dois anos. Até o Carlos Bolsonaro, na eleição para vereador no Rio de Janeiro, perdeu cerca de 30% dos seus votos em comparação com a eleição de 2016, ficando com 71 mil votos, sendo que a expectativa da família Bolsonaro era a de que ele teria algo entre 150 mil e 200 mil votos.
E o candidato mais votado para vereador, na cidade do Rio de Janeiro, foi Tarcísio Motta, do PSOL, partido que elegeu 7 vereadores, enquanto o PT elegeu 3 vereadores.
O fracasso de Carlos Bolsonaro, o crescimento do PSOL e do PT e a baixa votação de Crivella mostram a fraqueza do Bolsonarismo no estado do qual é originário. Inclusive, em São Gonçalo, segunda maior cidade do estado, o candidato do PT (Dimas Gadelha) foi o mais votado no primeiro turno e em Niterói o candidato do PDT, Axel Grael, foi eleito.
Alguns estão dizendo que candidatos bolsonaristas foram bem votados e vitoriosos em algumas cidades, mas eles se candidataram por partidos da Direita Tradicional, ou seja, eles se camuflaram como Direitistas tradicionais para poder sobreviver politicamente.
Logo, de certa maneira, esses bolsonaristas retornaram para o ninho no qual foram chocados, pois foi a Direita Tradicional que comandou o movimento golpista de 2013/2016, durante o qual o Bolsonarismo nasceu e cresceu.
E foi essa mesma Direita Tradicional (Grande Mídia, PSDB, DEM) que usou de um discurso de ódio contra Lula, Dilma e o PT durante tantos anos. E também foi esse discurso de ódio que deu origem ao Bolsonarismo.
Então, se entendermos o Bolsonarismo como um fenômeno político e eleitoral que adquiriu um caráter mais independente a partir de 2016, que se desgarrou da Direita Tradicional, no ventre da qual ele nasceu durante o movimento Golpista de 2013/2016, com características próprias, então ele se enfraqueceu, sim.
'Estadão' anuncia a grande vitória do MDB nas eleições de 1974, derrotando a ARENA. Os cinco maiores partidos brasileiros atuais são herdeiros de ambos: MDB, PSDB, DEM, PSD e Progressistas (ex-PP). |
As características do Bolsonarismo!
O Bolsonarismo possui as seguintes características, que são típicas de um movimento de caráter Neofascista:
A) Um discurso agressivo contra o papel do Estado em favor dos mais pobres, defendendo um Neoliberalismo Ultrarradical de perfil pinochetista, como esse que é adotado pelo Paulo Guedes;
B) Fim do papel do Brasil como nação soberana no cenário mundial; defendendo a total submissão do país aos interesses estratégicos dos EUA, em especial ao do Neofascismo Global liderado por Trump;
Assim, não foi à toa que Ernesto Araújo defendeu que o Brasil se torne um país pária no mundo;
C) O desejo de eliminar as Esquerdas (partidos e movimentos sociais) da sociedade e da vida política e institucional;
D) Um discurso inteiramente contrário à política tradicional, desejando destruir a chamada Democracia Liberal-Representativa. Quem não se lembra do general Heleno cantando 'se gritar pega Centrão, não fica um...';
E) A defesa da instalação de uma Ditadura, submetendo totalmente as instituições do Estado à sua vontade, incluindo aí o STF, o STJ, a Polícia Federal e o Ministério Público;
F) A defesa da ideia de que direitos humanos são para defender bandidos, que 'bandido bom é bandido morto', de que existe um modelo de cidadão ideal (o tal do 'cidadão de bem') ao qual todos devem imitar e quem não se encaixar nessa definição deve ser perseguido, reprimido e destruído;
G) O uso descarado de Fake News (Kit Gay; Mamadeira de Piroca) para conquistar apoio popular e atacar os inimigos políticos e ideológicos, seguindo o antigo ensinamento de Goebbels de que 'uma mentira, quando é repetida mil vezes, acaba se transformando em uma verdade';
H) Discurso e postura anticientíficos, com a defesa de ideias estapafúrdias, como a de que a Terra é plana, e sem qualquer comprovação histórica, como a de que o Nazismo foi um movimento de Esquerda, o que era negado pelo próprio Hitler (basta ler o seu livro, 'Mein Kampf', para se comprovar isso), que sempre defendeu que as Esquerdas deveriam ser destruídas e exterminadas.
A decadência do Bolsonarismo e sua incorporação pela 'Velha Política'!
O Bolsonarismo surpreendeu a todos os partidos e lideranças estabelecidas no cenário político em 2018, elegendo inúmeros 'Cacarecos' pelo país afora, mas isso não se repetiu agora, em 2020, muito pelo contrário.
A imensa maioria dos eleitos no primeiro turno foi de figuras políticas tradicionais, sendo que vários deles foram reeleitos. Nessa lista nós temos Rafael Greca, do DEM, em Curitiba; Alexandre Kalil, do PSD, em Belo Horizonte; Gean Loureiro, do DEM, em Florianópolis.
E quem não podia se reeleger conseguiu fazer o sucessor, como foi o caso de ACM Neto, em Salvador, que viu o seu Vice, Bruno Reis (DEM), vencer a eleição no primeiro turno.
No Rio de Janeiro, o candidato verdadeiramente bolsonarista era Luiz Lima (PSL) e o mesmo ficou com 6,8% dos votos. Em São Paulo, Russomanno foi quem mais atrelou a sua imagem com a de Bolsonaro e fracassou totalmente, tendo pouco mais de 10% dos votos.
Portanto, nesta disputa o eleitor fugiu dos 'Cacarecos', que tanto espaço conquistaram em 2018, mas que fracassaram totalmente, caso de Witzel, governador eleito do Rio de Janeiro há dois anos. Zema, governador de Minas Gerais, não conseguiu eleger ninguém do NOVO para prefeito.
E a ex-líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL), que se elegeu deputada federal em 2018, com 1,078 milhão de votos, agora teve apenas 98 mil votos (1,84%) na eleição para a prefeitura de São Paulo.
Logo, o normal nesta eleição de 2020 foi o fracasso das chamadas 'caras novas' ou de candidatos bolsonaristas que defenderam um discurso agressivo e direitista. Bem poucos foram bem sucedidos. Então podemos concluir que esse fenômeno perdeu muita força, sem dúvida alguma, nesta eleição municipal.
O fato concreto é que o Bolsonarismo teve um período de rápido desenvolvimento inicial entre 2013 e 2016, atingiu o seu auge em 2018 e, agora, já se encontra no seu período de decadência enquanto fenômeno político independente.
Tanto isso é verdade que Bolsonaro fracassou em sua tentativa de criar o seu próprio partido (Aliança pelo Brasil) e foi obrigado a se aliar ao Centrão no plano federal para evitar um processo de Impeachment, o que é uma clara demonstração de fraqueza.
Diferente do Integralismo, que se organizou por meio da AIB (Ação Integralista Brasileira), o Bolsonarismo não possui uma organização que o represente política e eleitoralmente e que permita que se enraizar na sociedade de maneira institucional, pois a tentativa de criar um partido próprio (Aliança pelo Brasil) fracassou totalmente.
E foi justamente em função disso assim que muito dos seus defensores e adeptos se camuflaram em legendas e partidos conservadoras mais fortes e estruturados nacionalmente (PL, DEM, PSD) ou ainda, em legendas mais novas (Patriota, Republicanos), mas que possuem acesso a amplos recursos financeiros.
O Bolsonarismo é como um filho que saiu de casa, brigado com a família (a Direita Tradicional), e tentou levar uma vida independente, mas acabou fracassando e foi obrigado a pedir para voltar para casa. A família aceitou, mas com a condição de que o filho se comportasse, tomando banho diariamente, estudando, dormindo bem, almoçando e jantando com todos juntos e usando os talheres de forma correta.
Esse enfraquecimento do Bolsonarismo, com base nessa perspectiva de que ele não conseguiu se organizar como um movimento independente, se deu em função do gigantesco fracasso do governo Bolsonaro em tirar o país da crise política, econômica e social que começou a partir do movimento golpista que se iniciou logo após a vitória de Dilma em 2014.
Embora tal movimento golpista tenha sido liderado pela Direita Tradicional (PSDB, DEM, MDB), ao qual o Centrão fisiológico acabou aderindo, Bolsonaro e a Extrema-Direita, que ele lidera, foram os maiores beneficiados com a derrubada de Dilma e a prisão de Lula, que não pôde se candidatar a Presidente.
O clima de ódio contra a classe política, o Estado e os partidos e movimentos sociais progressistas (operário, estudantil, sem-teto, sem-terra, de LGBTQIAP+, feminista, etc) que foi criado pela Grande Mídia e pela oposição Direitista aos governos Lula e Dilma se disseminou na sociedade, criando as condições para a emergência de um movimento de caráter Neofascista, que foi o Bolsonarismo, permitindo a vitória de Bolsonaro, Witzel, entre outros, em 2018.
A catástrofe do governo Bolsonaro - Golpe de 2013/2016 fez o Estado brasileiro ficar próximo da insolvência!
O governo Bolsonaro é um gigantesco fracasso, em todos os aspectos principalmente nas áreas econômica e social. E setores como educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia e a área ambiental estão sendo desmantelados.
O governo Bolsonaro, que tomou posse dizendo que veio para destruir e não para construir nada, promove uma verdadeira devastação que, mesmo com uma eventual vitória de uma candidatura Progressista em 2022, irá demorar muitos anos para ser recuperado e reconstruído.
Afinal, no governo Bolsonaro, a Grande Recessão se aprofundou, o desemprego cresceu bastante, bem como a pobreza e a miséria, sendo que o Brasil até voltou ao Mapa da Fome da ONU em função disso, depois de ter saído do mesmo durante os governos Lula e Dilma.
Se a taxa de desemprego incluísse aqueles trabalhadores que desistiram de procurar emprego, então ela seria de 24,6%, bem superior à taxa oficial. |
A imensa Dívida Pública Bruta já está em 90% do PIB (era de 61% no final de 2015) e caminha para chegar a 100% do PIB em breve. E o pior de tudo é que o perfil dela é péssimo, pois 25% da Dívida Pública que está sob a forma de títulos que vencem no prazo máximo de um ano. No governo Dilma esse percentual era de apenas 15%.
Assim, além de ser muito maior, o financiamento da Dívida Pública Bruta se tornou muito mais precário e perigoso. Logo, basta os credores falarem que não irão mais financiar essa dívida de curtíssimo prazo que o Estado terá que declarar moratória, pois não terá os recursos necessários para pagar tal dívida.
Portanto, o Golpe de 2013/2016 colocou o Estado Brasileiro em situação falimentar. 'Parabéns' aos envolvidos.
Algumas pessoas dizem que os governos dos países ricos também possuem Dívidas Públicas elevadas, que superam os 100% do PIB, mas o perfil do seu endividamento é totalmente diferente, se concentrando no longo prazo, pois a imensa maioria dos títulos vencem em um prazo de 20 a 30 anos. Logo, tais governos não encontram dificuldades para financiar as suas dívidas.
Inclusive, a situação de endividamento do Estado brasileiro se deteriorou tanto depois que Dilma foi derrubada que já se começa a duvidar da capacidade do Estado brasileiro de continuar honrando os seus compromissos com os credores.
E é por isso mesmo que, para evitar que os credores não parem de financiar ao Estado, já se comenta abertamente sobre a possibilidade de se elevar a taxa Selic muito em breve, o que irá contribuir para aprofundar e agravar a situação de Grande Depressão ou Recessão Permanente que o país vive desde que o movimento Golpista passou a articular o Impeachment de Dilma, em 2015.
Para isso, a oposição promoveu gigantescas manifestações contra o seu governo e com a oposição bloqueando todos os projetos do seu governo no Congresso Nacional, além de aprovar inúmeras pautas-bomba, que eram projetos de lei que visavam agravar a situação das contas públicas e, desta maneira, provocar uma forte crise econômica no país.
A oposição atingiu os seus objetivos e Dilma foi derrubada, mas desde então a economia brasileira mergulhou em uma situação de Recessão Permanente, sendo que o PIB per Capita atualmente é cerca de 10% inferior ao que era em 2014.
Aliás, tal 'Impeachment' foi levado adiante com base em uma justificativa muito frágil, de uma tal 'pedalada fiscal' (expressão inexistente nas leis brasileiras e que foi criação da Grande Mídia), que é apenas um instrumento contábil e que foi, inclusive, utilizado por inúmeros governadores, incluindo os do PSDB, mas contra os quais nada se fez. Como se percebe, a lei no Brasil somente é aplicada quando é conveniente para os reais detentores do poder.
E se não fosse pelo auxílio emergencial cuja criação foi, inicialmente, defendida pelos partidos de Esquerda Progressista (PT, PSOL, PCdoB) a queda do PIB teria ultrapassado os 10% em 2020. E mesmo com a criação do auxílio emergencial essa queda ainda será significativa, mas se dará em um patamar bem menor ao que foi previsto, ficando em torno de 4,5% a 5%.
A fuga dos bolsonaristas para o DEM, PSD e PP!
Em função deste péssimo cenário econômico e social, e da incapacidade de Bolsonaro de criar um partido próprio, muitos bolsonaristas, de forma oportunista, para sobreviver política e eleitoralmente, entraram em partidos Conservadores Tradicionais, de Direita, principalmente no DEM, PSD e no PP, que são herdeiros diretos da antiga ARENA.
Isso ajuda a explicar porque o DEM, PP e PSD tiveram um crescimento tão significativo nestas eleições. Eles receberam muitos bolsonaristas que perceberam o desmoronamento do Bolsonarismo enquanto fenômeno marcado pelo discurso da antipolítica e se adaptaram aos novos tempos.
Essa mudança de bolsonaristas para os tradicionais e conservadores DEM, PP e PSD é bem representativa desse fenômeno do enfraquecimento do Bolsonarismo enquanto fenômeno independente e do triunfo da chamada 'Velha Política', pois se existem partidos que são marcados pela defesa e da prática da política tradicional são estes três.
O fato de Bolsonaro ter se aliado ao Centrão no plano federal para barrar qualquer possibilidade de Impeachment já tinha sido, também, resultado do nítido enfraquecimento do discurso antipolítica do Bolsonarismo original.
Logo, esse período que começou em 2018 já acabou e, portanto, o Bolsonarismo original como sendo um movimento que atacava a política tradicional chegou ao fim.
O Bolsonarismo mudou e se tornou, de fato, mais uma corrente da Direita e do Conservadorismo Tradicional, com um discurso mais agressivo (anticientífico, por exemplo), sem dúvida, mas que passa a atuar dentro das regras do jogo da 'Velha Política' a qual, anteriormente, ele desejava destruir.
Isso aconteceu, também, em outros momentos da história brasileira. Quando um determinado partido entra em decadência, ele é abandonado por muitas lideranças, que vão para outros partidos em ascensão. Um paralelo que se pode estabelecer com essa mudança que o Bolsonarismo sofreu é com a Frente Liberal.
O Bolsonarismo da 'Velha Política' e a Frente Liberal!
Um caso clássico de dissidência em relação a um governo que está afundando é o da Frente Liberal, que foi criada em 1984 por dissidentes do PDS que se recusaram a apoiar Paulo Maluf e que fecharam um acordo com Tancredo Neves (MDB), votando no mesmo no Colégio Eleitoral.
Os líderes do da Frente Liberal (Sarney, ACM, Marco Maciel, Aureliano Chaves, Jorge Bornhausen) eram todos membros do PDS (ex-ARENA) que, quando perceberam que a Ditadura Militar estava desmoronando e que a Redemocratização era irreversível, abandonaram o PDS e criaram a Frente Liberal, que deu origem ao PFL e, mais recentemente, ao DEM, PSD e PP.
Daí, a Frente Liberal (que, depois, se tornou o PFL, que mudou seu nome para DEM) se aliou ao MDB e apoiou Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, elegendo o mesmo Presidente em Janeiro de 1985. E com isso tivemos o início da chamada Nova República, com Sarney como Presidente, pois Tancredo adoeceu, nem chegou a tomar posse e acabou falecendo em Abril de 1985.
Então, a própria iniciativa destes ex-bolsonaristas, de lançar suas candidaturas por outros partidos de perfil bastante Tradicional (DEM, PSD e PP), é uma demonstração clara da decadência rápida do Bolsonarismo, que em nenhum momento se estruturou sob a forma de um partido político.
Afinal, o nanico PSL foi usado, em 2018, apenas como uma legenda de aluguel e que, agora, se enfraqueceu fortemente, voltando a ser um partido nanico, pois foi abandonado pelo Bolsonarismo. Quem permaneceu no PSL foram membros como Joice Hassellmann, que rompeu com o Bolsonarismo. A votação ridícula dela na eleição da capital paulista foi um demonstração clara deste enfraquecimento da legenda.
E a decadência do Bolsonarismo é tão visível que os poucos candidatos que receberam apoio declarado de Bolsonaro no primeiro turno acabaram fracassando e, agora, no segundo turno, os candidatos de Direita querem distância do atual governante do país, pois sabem que se receberem o seu apoio as chances de derrota aumentarão bastante.
Além disso, a Direita Tradicional do DEM, PSD e PP se estruturou melhor e, para não ser surpreendida novamente por candidatos novatos com discurso agressivo, atraiu alguns destes, que abandonaram o decadente Bolsonarismo, e ao receber esses ex-bolsonaristas, ela foi quem mais ganhou espaço nesta eleição municipal.
A recuperação do PT nas grandes e médias cidades e as votações dos partidos na eleição municipal!!
Já o PT, como comentei no início do texto, iniciou uma recuperação nos grandes e médios centros urbanos, o que é comprovado pelo aumento de 20% da votação do partido nestas cidades e pela presença em 17 disputas no segundo turno, 15 com candidatos a prefeito (a) e duas com candidatos a Vice.
Faltou ao PT recuperar espaço nas pequenas cidades, mas que ocorreu um início de recuperação da legenda, sem dúvida que isso aconteceu. O PSOL teve um pequeno crescimento, mas que se concentrou em poucas cidades, onde foi bem votado, como São Paulo (Boulos) e Belém (Edmílson Rodrigues).
O partido cresceu, mas ainda tem muito o que avançar em termos de enraizamento na sociedade e em termos nacionais. A diferença para o PT ainda é muito grande.
Assim, enquanto o PT conquistou cerca de 7 milhões de votos, elegeu 189 prefeitos e cerca de 2.600 vereadores (as), o PSOL teve 2,2 milhões de votos, elegeu 4 prefeitos e cerca de 85 vereadores (as). A diferença entre os dois partidos ainda é muito grande, portanto.
Já o PDT, PSB e PCdoB tiveram quedas expressivas em suas votações. O PCdoB foi o mais prejudicado pelo fim da coligação para as eleições legislativas, pois antigamente ele se coligava com o PT, em especial, e conseguia eleger vereadores com base no quociente eleitoral. Agora que não tem mais como fazer isso, a sua votação desabou.
A baixíssima votação de Orlando Silva (PCdoB) na eleição para a prefeitura de São Paulo (0,23% dos votos), onde também não elegeu nenhum vereador, é uma demonstração clara desta forte queda do PCdoB, que perdeu 33% de sua votação no plano nacional.
E mesmo entre as legendas da Direita Tradicional, as votações do MDB (caiu de 15,1 milhões para 10,9 milhões) e do PSDB (caiu de 17,7 milhões para 10,7 milhões) foram bastante inferiores aquela que conquistaram em 2016. Na soma dos dois partidos, a votação deles despencou de 32,8 milhões em 2016 para 21,6 milhões em 2020.
E fica claro que o PSDB e o MDB perderam espaço, claramente, para o Centrão fisiológico das legendas originárias da ARENA, ou seja, para o PSD, DEM e PP.
Foram os partidos do Centrão fisiológico, que também são de Direita Neoliberal e Conservadores (como o PSD, Progressistas e DEM), com os quais Bolsonaro se aliou fortemente, que foram aqueles que mais cresceram entre os partidos Conservadores quando comparamos os resultados de 2020 com a eleição de 2016.
Assim, a votação do DEM cresceu de 5,1 milhões para 8,3 milhões, a votação do Progressistas (ex-PP) passou de 5,7 milhões para 8,6 milhões e a do PSD cresceu de 8,2 milhões para 10,6 milhões.
Os resultados e as tendências ideológicas dos principais partidos!
Portanto, entre os principais resultados desta eleição nós temos:
A) Fim do Bolsonarismo original, que não conseguiu se estruturar de forma partidária, abandonou a sua 'luta inglória' contra a 'Velha Política' e, na prática, virou uma corrente mais agressiva da Direita Tradicional.
Os bolsonaristas acabaram abrigando-se em vários partidos que representam essa Direita e que tem a sua origem na ARENA (DEM, PSD, PP) ou ainda em novas legendas que representam os Neopentecostais de Direita, caso do Republicanos, e também em uma legenda de aluguel que abrigou inúmeros bolsonaristas novatos na política nacional e que teve o seu auge em 2018, que é o PSL;
B) Crescimento significativo de legendas com discurso de Direita Radical ou bastante Conservador, como o Podemos (partido da Lava Jato), Patriota (Neoliberalismo Ultrarradical) e Republicanos (Bolsonarista e Neopentecostal de Direita).
O Podemos usa do discurso anticorrupção e anticrime como os seus cavalos de batalha, enquanto que o Patriota defende a destruição do Estado, que não deveria intervir nem na economia e tampouco na área social. Já os Republicanos, como já disse, é o partido de muitos dos Neopentecostais de Direita (Crivella, por exemplo) e que tem o apoio fundamental da Igreja Universal;
O Podemos passou de 700 mil votos para 3,3 milhões de votos, o Patriota passou de 300 mil votos para 2,1 milhões de votos, enquanto que o Republicanos passou de 3,9 milhões para 5,1 milhões de votos.
Os três partidos, somados, passaram de 4,9 milhões de votos em 2016 para 10,5 milhões de votos, um crescimento de 114,3%;
C) Forte queda do MDB (menos 4,2 milhões de votos) e do PSDB (menos 7 milhões de votos), os dois partidos que mais batalharam, junto com o DEM, pela derrubada do governo Dilma, mas com os quais o governo Bolsonaro tem choques frequentes, principalmente com o PSDB, que deseja eleger João Doria como Presidente em 2022.
Assim, eles não desfrutam tanto quanto os partidos do Centrão das benesses de apoiar o governo Bolsonaro (acesso a cargos e verbas em grande volume), embora apoiem quase todos os projetos do mesmo, em especial aqueles de caráter explicitamente Neoliberal (privatizações, fim dos programas sociais, reformas trabalhista e da previdência, arrocho salarial);
D) Forte crescimento do PSD, Progressistas (ex-PP) e do DEM, que formam o Centrão Conservador e Neoliberal, que foram aqueles que mais abrigaram candidaturas Bolsonaristas e que são aqueles que impedem que Bolsonaro sofra um processo de Impeachment, ocupando inúmeros cargos no governo federal.
Os três partidos, somados, cresceram de 19 milhões de votos em 2016 para 26,5 milhões de votos, conquistando um crescimento de 39,5%;
E) Recuperação do PT nos grandes e médios centros urbanos, onde a votação do partido cresceu 20%. No total, a votação do PT passou de 6,8 milhões para 7 milhões de votos, sendo o sexto partido mais votado.
O partido chegou ao segundo turno em 15 cidades, incluindo duas capitais, com candidatos a prefeito e, em outras duas capitais, o PT indicou o Vice (Porto Alegre e Belém).
Assim, foi interrompida a sangria de votos que ocorreu em 2016, quando o antipetismo estava no auge. Agora o PT precisa trabalhar para se recuperar nas pequenas cidades.
E o PT permanece sendo, de longe, o principal e mais importante partido de Esquerda/Centro-Esquerda do país, mesmo depois de todos os violentos ataques que Lula, Dilma e o PT sofreram durante 15 anos consecutivos e que seriam suficientes para destruir qualquer outro partido do país;
F) Pequeno crescimento do PSOL, que passou de 2,1 milhões de votos para 2,2 milhões de votos, embora tenha tido bons desempenhos em São Paulo e Belém, duas capitais estaduais.
Assim, o PSOL mostra que ainda está muito longe de estar enraizado nacionalmente, apesar da ida de Boulos para o segundo turno em São Paulo, mas este conseguiu isso porque conquistou muitos votos de eleitores petistas da capital paulista (onde o PT é o partido preferido de 20% dos eleitores paulistanos) que o preferiram em detrimento de Jilmar Tatto.
E mesmo no caso de Edmílson Rodrigues (PSOL), em Belém, não se pode esquecer que ele é originário do mesmo PT, pelo qual foi prefeito da capital paraense entre 1997 e 2004. Então, não se trata de uma liderança política originária do PSOL, mas do PT.
Aliás, se o PT tivesse lançado Haddad, que não quis se candidatar, os quase 1,1 milhões de Boulos teriam sido dados para Haddad e, logo, o crescimento do PSOL teria sido bem menor, enquanto que a recuperação do PT teria se dado de forma mais nítida, pois somariam mais 1,1 milhão de votos aos 7 milhões que o partido conquistou nacionalmente;
G) Forte queda do PSB (de 8,3 para 5,2 milhões de votos; queda de 37,3%), uma redução significativa da votação do PCdoB (de 1,8 milhão para 1,2 milhão de votos; queda de 33%) e uma queda um pouco menor, mas também relevante, do PDT (caiu de 6,4 milhões para 5,3 milhões; 17,2%).
Os três partidos, somados, caíram de 16,5 milhões de votos em 2016 para 11,7 milhões de votos em 2020, representando uma redução de 29%.
No caso do PDT e do PSB, eles tentam se equilibrar entre a Centro-Esquerda/Esquerda e a Direita Tradicional e Bolsonarista, mas estão fracassando nessa tentativa de ocupar um espaço que é identificado com o Centro Moderado, como ficou claro no resultado desta eleição municipal.
Logo, podemos dividir o quadro político partidário brasileiro, neste momento, entre vários blocos ou agrupamentos, que são:
A) Direita Bolsonarista, sem um partido próprio e cujos membros estão abrigados em vários partidos: PSL, Republicanos, DEM, PSD, PP;
B) Nova Direita Radical: Republicanos (Direita Neopentecostal), Patriota (Neoliberal Ultrarradical) e Podemos (Lava Jato);
C) Direita Tradicional herdeira da ARENA: É formada pelo DEM, PSD e PP;
D) Direita Tradicional herdeira do MDB: É formada pelo PSDB e pelo MDB e que sofreu uma forte redução em sua votação, bem como no número de prefeitos e de vereadores.
Esse enfraquecimento do PSDB e do MDB já ficou bem claro em 2018, quando o tucano Alckmin teve apenas 4,7% dos votos para Presidente e Henrique Meirelles, do MDB, conquistou apenas 1,2% dos votos.
A soma dos dois não chegou sequer a 6%. Assim o MDB e o PSDB colhem os frutos do Golpe que lideraram contra Dilma. Eles imaginavam que seriam os maiores beneficiados com o mesmo, mas isso não aconteceu. Bem feito!;
E) Centro-Esquerda e Esquerda Progressista: PT, PCdoB e PSOL;
F) Centro Moderado: PDT e PSB.
G) Os outros partidos são bem menores e acabam, de uma forma ou de outra, girando em torno destas legendas mais significativas, fazendo alianças pontuais com as mesmas.
Em termos de modelo econômico e social, os partidos que incluí nos itens A, B, C e D são todos defensores, em maior ou menor grau, do atual modelo Neoliberal Ultrarradical, que foi implantado pelo governo Temer e foi aprofundado pelo governo Bolsonaro. Resta saber se irão apoiar Bolsonaro em 2022 ou se irão se dividir em várias candidaturas.
Enquanto isso, os partidos do item E (PT, PSOL, PCdoB) são inteiramente contrários a esse Neoliberalismo Ultrarradical, defendendo um modelo com maior intervenção do Estado na economia e na área social, ficando em uma linha política que podemos localizar entre uma Social Democracia keynesiana e um Socialismo Democrático.
A tendência é que tenhamos PT e PCdoB juntos na eleição presidencial de 2022, com uma chapa formada por Haddad (PT) e Flávio Dino (PCdoB).
Já os partidos do item F (PDT e PSB) adotam uma postura que combina críticas ao modelo Neoliberal, mas que não o condena totalmente, tentando se viabilizar como legendas que representariam um Centro Moderado. Seu candidato em 2022 deverá ser, novamente, o Ciro Gomes, é claro.
Ciro Gomes tentou atrair o Centrão fisiológico na última eleição presidencial e fracassou, mas com certeza fará essa tentativa novamente em 2022, tentando se viabilizar como um candidato Centrista e Moderado, o que é muito difícil, dado o jeito 'metralhadora giratória' dele de faze política.
Links:
Candidatos da Direita fogem do apoio de Bolsonaro no segundo turno:
Governos estaduais por partidos:
Família Bolsonaro fica frustrada com votação de Carlos no RJ:
A maré não está boa para Bolsonaro:
https://www.dw.com/pt-br/a-mar%C3%A9-n%C3%A3o-est%C3%A1-nada-boa-para-bolsonaro/a-55625140
PIB do Brasil deverá despencar 4,5% em 2020:
Dívida Pública bate recorde e supera 90% do PIB:
Taxa de Desemprego bate recorde e chega a 14,4% em Setembro:
NOVO fracassa e não elege nenhum prefeito em Minas Geras, governado por Zema:
O fracasso de Joice Hasselmann na eleição municipal:
https://www.huffpostbrasil.com/entry/joice-hasselmann-eleicao_br_5fb1a1f0c5b6b956698c690e
ONU diz que Brasil está voltando ao Mapa da Fome:
https://exame.com/brasil/brasil-esta-voltando-ao-mapa-da-fome-diz-diretor-da-onu/
Volta do Brasil ao Mapa da Fome condena as próximas gerações:
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