Governos Temer e Bolsonaro comprovam: O Neoliberalismo Ultrarradical é um gigantesco fracasso! - Marcos Doniseti!

As Dívidas Pública Bruta e Líquida dispararam depois que Dilma foi derrubada. Isso não é mera coincidência, mas resultado do total fracasso do modelo econômico do Neoliberalismo Ultrarradical.
Muitos já estão comemorando uma provável queda do ministro Paulo Guedes, que comanda a economia brasileira desde o início do governo Bolsonaro.
O problema maior do Brasil, neste momento, não é o Paulo Guedes, que é apenas um instrumento, uma marionete, do sistema financeiro especulativo globalizado, que é centralizado em Wall Street e que possui sócios minoritários na economia brasileira, como são os casos dos grandes bancos privados que atuam aqui.
Assim, se o Guedes for demitido, então o sistema financeiro irá indicar outro nome para dar continuidade à mesma política. E o Guedes não vai se incomodar com isso, não, pois ele irá 'retornar' para o mercado financeiro e irá lucrar com essa mesma política que colocou em prática durante o governo Bolsonaro.
O problema principal do Brasil, atualmente, é a manutenção de um modelo econômico e social, que é o do Neoliberalismo Ultrarradical, que é um gigantesco fracasso.
Tal modelo está sendo aplicado desde o governo Temer/Meirelles (2016/2018) e foi aprofundado no governo Bolsonaro/Guedes (2019/2010). O problema é que tal modelo fracassou totalmente.
Afinal, o Neoliberalismo Ultrarradical adotado desde então foi incapaz de promover a volta do crescimento econômico, da geração de empregos e de melhorar a vida da população.
Aliás, é bom ressaltar que eu sempre disse que, enquanto esse modelo fosse mantido, era exatamente isso que iria acontecer. Tudo o que aconteceu desde 2016 confirmou o que eu afirmava desde aquela época, antes mesmo de Temer virar Presidente por meio do Golpe contra Dilma.
Assim, já temos a execução, por 4 longos anos e 5 meses, deste modelo Neoliberal Ultrarradical inteiramente fracassado.
Desta maneira, desde o governo Temer que o Brasil entrou em uma situação de Recessão Permanente, combinando altíssimas taxas de desemprego, arrocho salarial, aumento da concentração de renda, das desigualdades sociais, da pobreza, da miséria e da fome.
Vários indicadores econômicos e sociais comprovam esse fracasso.
Assim, a Dívida Pública Bruta, que era de 61% do PIB no final de 2015 (governo Dilma), já está em quase 89% do PIB, o que é um recorde histórico.
O Déficit Público Nominal será de cerca de R$ 1,2 Trilhão em 2020, o que é outro recorde histórico.
A taxa de desemprego é de 14,3% e o número total de desempregados chega a quase 30 milhões de trabalhadores (somando os desempregados que procuram e os que não procuram emprego, pois estão desalentados).
Grande parte da força de trabalho também é subutilizada, trabalhando menos horas diárias do que gostaria, pois muitos estão em subempregos mal remunerados e com pouco ou nenhum direito.
Os direitos trabalhistas foram praticamente extintos, programas sociais que geravam renda e emprego foram destruídos, o que foi o caso do Minha Casa Minha Vida, ou tiveram o seu alcance reduzido (Bolsa Família), com a exclusão de muitos beneficiários.
A tabela do Imposto de Renda está congelada desde o governo Temer (2016). Já são 5 anos sem qualquer reajuste na tabela do IR, o que implica em aumento da carga tributária sobre os assalariados, os mesmos que perderam seus direitos trabalhistas e previdenciários.
Cerca de 10 milhões de pessoas estão passando fome, ao mesmo tempo em que o agronegócio bate sucessivos recordes de produção e exportação (graças à maxidesvalorização do Real). Isso acontece em função do empobrecimento da população, que não tem mais dinheiro sequer para comprar arroz, de tão caro que este ficou.
Os investimentos produtivos, que geram emprego e renda e fazem a economia crescer, estão no menor patamar da história.
As empresas estatais estão sendo sucateadas e desmanteladas, principalmente a Petrobras.
Isso é catastrófico para a economia brasileira, que tinha nas estatais os seus maiores investidores no aumento da produção, em realizar investimentos de infra-estrutura e na base industrial, em setores como o de construção naval, petróleo, fertilizantes, siderurgia, petroquímica, transportes rodoferroviários, biocombustíveis, energia eólica, saneamento básico, etc.
Mesmo com o completo fracasso do Neoliberalismo Ultrarradical , o tal do mercado, ou seja, o sistema financeiro continua querendo o aprofundamento do mesmo pelo governo Bolsonaro/Guedes.
E o fato concreto é que Guedes está com muitas dificuldades para conseguir atingir esse objetivo, como demonstram os seus conflitos com Rodrigo Maia e Bolsonaro, por exemplo.
Afinal, esse ano teremos eleições municipais e em 2022 os atuais governadores e Presidentes tentarão, muitos, a reeleição, e um modelo econômico fracassado, que gera uma situação de desemprego em massa e miséria crescente, não é um cabo eleitoral dos melhores, muito pelo contrário.
E é justamente por isso que Guedes já está sendo descartado pelo sistema financeiro, que deseja no comando da economia do país alguém que adote a sua agenda completa, que inclui itens como a privatização de tudo o que é público, a desnacionalização total da economia e que seja dada total prioridade para o pagamento da dívida pública.
Programas sociais? Nem pensar, dizem os defensores dos interesses do sistema financeiro.
Isso acontece porque o sistema financeiro é controlado por grandes especuladores individuais e institucionais, principalmente estrangeiros, como os fundos de investimento privados, fundos de pensão, cambiais e de hedge, entre outros.
Estes especuladores se preocupam apenas em acumular mais capital, mesmo que às custas da miséria crescente da população e do empobrecimento do país.
É bom ressaltar que tudo isso está no DNA do Capitalismo Financeiro Globalizado.
E a Grande Mídia defende tal política (do Neoliberalismo Ultrarradical), pois a mesma depende do sistema financeiro para continuar existindo.
Afinal, grande parte dos principais veículos de Mídia estão fortemente endividados e precisam que suas imensas dívidas sejam roladas pelo sistema financeiro para continuar existindo.
O sistema financeiro aceita essa situação, desde que a Grande Mídia defenda totalmente os seus interesses, que é exatamente o que acontece. Por isso mesmo é que toda a Grande Mídia do país defende, ardorosamente, o modelo Neoliberal Ultrarradical e apoia Guedes.
E a Grande Mídia também continuará apoiando qualquer outro que mantenha intacto e que aprofunde o atual modelo econômico.
Assim, o mercado financeiro especulativo deseja, neste momento, a aplicação de uma dose ainda maior de um medicamento (Neoliberalismo Ultrarradical) que somente piorou a situação do paciente (Brasil).
E como é o sistema financeiro globalizado (Wall Street) que controla o Brasil, então estamos f...
Dias piores virão!
Quem sobreviver, verá!
Links:
Mercado financeiro critica Guedes:
https://blogdacidadania.com.br/2020/10/mercado-chama-guedes-de-bebado-na-ladeira/
Dívida Pública Bruta atinge 88,8% do PIB em Agosto, recorde histórico:
Taxa de desemprego chega a 14,3%:
Mercado financeiro já começa a descartar Guedes:
https://blogdacidadania.com.br/2020/10/mercado-chama-guedes-de-bebado-na-ladeira/
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