Até a Miriam Leitão admite que o Estado Brasileiro caminha para a insolvência e que calote no pagamento da Dívida Pública poderá acontecer! De novo!

Até a Miriam Leitão admite que o Estado Brasileiro caminha para a insolvência e que calote no pagamento da Dívida Pública poderá acontecer! De novo! - Marcos Doniseti!


A evolução da Dívida Pública (Bruta e Líquida) do Brasil entre 1998 e 2017 mostra claramente que ela foi reduzida fortemente nos governos Lula e Dilma e que voltou a crescer rapidamente a partir do governo Temer. Agora, no governo Bolsonaro, ela já está em quase 89% do PIB e caminha para 100% do PIB. 

Estado Brasileiro caminha para a insolvência e para um novo Calote no pagamento da Dívida Pública!

Até a Miriam Leitão está admitindo que o Estado brasileiro caminha para uma situação de insolvência e que o mesmo poderá dar calote no pagamento da Dívida Pública muito em breve.

Vocês foram avisados por mim que isso iria acontecer há alguns anos. 

Quando o modelo Neoliberal Ultrarradical foi adotado no governo Temer/Meirelles e, depois, foi aprofundado no governo Bolsonaro/Guedes EU AVISEI que isso iria acontecer, pois já havia acontecido em outros momentos da história brasileira.  

O modelo Neoliberal Ultrarradical foi adotado nos governos Dutra, Castello Branco, Figueiredo, Sarney (período Maílson da Nobrega), Collor e FHC. E o mesmo sempre fracassou. Sempre. Ele nunca funcionou. NUNCA!

E o fracasso do modelo Neoliberal sempre termina em grave crise econômica, social e das contas públicas, o que resulta em quebras sucessivas do Estado, seja por meio de Moratórias no pagamento da Dívida Externa, de Hiperinflação ou por meio de um Calote no pagamento da Dívida Pública.

Isso aconteceu, por exemplo, nos governos Sarney (moratória da Dívida Externa e hiperinflação, que chegou a 100% ao mesmo no último mês do seu mandato), Collor (confisco, que foi um tipo de Calote na Dívida Pública) e FHC (fuga de capitais em 1998, levou FHC a recorrer ao FMI 3 vezes para não decretar uma moratória da Dívida Externa, além de colocar Taxa Selic em inacreditáveis 49% ao ano).

Assim, agora o Brasil caminha para, novamente, enfrentar uma nova crise da Dívida Pública, que deverá resultar em calote no pagamento da mesma, pois os credores do Estado já perceberam que o rápido crescimento da dívida pública irá tornar a mesma impagável. 

Assim, em um primeiro momento, os credores exigem taxas de juros absurdamente elevadas para continuar financiando o Estado. 

Depois, eles simplesmente deixam de financiar o Estado, recusando-se a comprar novos títulos da Dívida Pública, recusando-se a rolar a mesma e exigindo o pagamento do principal da Dívida.

Quando isso acontece, o Estado brasileiro quebra, pois ele simplesmente não tem os recursos necessários para pagar toda a Dívida Pública que vence no curtíssimo prazo (em 1 ano, no máximo).

Com isso, o calote se tornará inevitável. 

Alguém pode questionar: E porque não teremos uma hiperinflação? 

Isso não irá acontecer porque a economia brasileira enfrenta uma Depressão Econômica que começou no governo Temer (o país caminhava para a retomada econômica no segundo trimestre de 2016, mas o Golpe destruiu a mesma, matando-a no ninho). 

Afinal, já são 5 longos anos de Depressão Econômica no Brasil, o que faz com que não existam as condições necessárias para que tenhamos uma crise hiperinflacionária.

Mas, se não teremos uma hiperinflação, o longo período de Depressão Econômica que começou no governo Temer e continuou no governo Bolsonaro (2016-2020) levou a Dívida Pública Bruta para um patamar recorde, de quase 89% do PIB (contra apenas 61% do PIB no final de 2015 e 81% do PIB no final de 2002).

Assim, já estão criadas as condições para que tenhamos um novo calote no pagamento da Dívida Pública. 

Então, aquele papo de botequim de que 'o Estado não quebra' é ficção científica. 

Quem diz isso não entende nada sobre economia. 

O Estado quebra, sim, e isso acontece de várias maneiras, tais como:

1) Moratória no pagamento da dívida pública (interna ou externa). 

Esta é  uma situação do tipo 'devo, não nego, pagarei quando puder';

2) Hiperinflação, o que destrói o valor da moeda nacional. 

Esta é uma situação do tipo 'fiz muitas dívidas, que se tornaram impagáveis e, para resolver o problema, vou destruir o valor da moeda nacional, pois assim a dívida perderá totalmente o seu valor e eu me livrarei dela;

3) Calote no pagamento da Dívida Pública.

Esta é uma situação do tipo 'devo, não nego, mas o dinheiro acabou e eu tenho que pegar uma parte do que você me emprestou de volta para mim'; 

Portanto, o Calote, a Moratória e a Hiperinflação são diferentes maneiras pelas quais fica muito claro que o Estado quebrou e que a população pagará a conta disso. 

Obs: Não podemos esquecer que a moeda nacional é emitida pelo Estado e a  total corrosão do valor da moeda, via hiperinflação, é uma demonstração prática de que ninguém mais confia no Estado sequer para fazer isso, ou seja, para emitir moeda e garantir o valor da mesma. Então, uma crise hiperinflacionária é resultado, sim, da quebra do Estado, da mesma forma que acontece quando o mesmo decreta moratória ou promove o calote no pagamento da Dívida Pública. 

Evolução das Contas Públicas entre 1995 e 2020!

Os governos Lula e Dilma reduziram a Dívida Pública Bruta de 81% do PIB (2002) para 61% do PIB (2015), mas agora ela já atingiu quase 89% do PIB e está caminhando para atingir os 100% do PIB. 

A Dívida Pública Líquida, por sua vez, era de 60% do PIB no final de 2002, foi reduzida para 35% do PIB (Dezembro de 2015) durante os governos Lula e Dilma e agora ela já está em 60,7% do PIB, superando o patamar de 2002, portanto. 

Obs: Esses são dados oficiais do Banco Central e, assim, não há como contestar os mesmos.

Logo, a Dívida Pública Bruta e Líquida dispararam após a derrubada de Dilma. O fato concreto é que as elites dominantes saquearam o Estado brasileiro e isso o está levando novamente à uma situação de insolvência. 

E um grande problema da Dívida Pública brasileira é que, diferente daquilo que ocorre nos países ricos, grande parte da mesma é fortemente concentrada no curto e no curtíssimo prazos.

Assim, mais de 90% da Dívida Pública interna brasileira tem um prazo de vencimento de, no máximo, 5 anos. E uma grande parte dessa Dívida Pública vence em um prazo de apenas 1 ano. 

Assim, caso os credores que possuem os títulos da Dívida Pública que vencem em 1 ano, no máximo, decidam parar de financiar a mesma e venham a exigir o pagamento integral dessa Dívida, então o Estado terá que reconhecer que não possui os recursos necessários para pagar tal dívida.

Desta maneira, o Calote no pagamento da Dívida Pública se torna inevitável. 

Nos países ricos a Dívida Pública é fortemente concentrada no longo prazo (ela vence daqui a 20 ou 30 anos). Então, os credores do Estado acreditam que o mesmo terá tempo suficiente para acumular os recursos necessários para que paguem a mesma em dia.

Mas no Brasil isso não acontece e temos uma Dívida Pública interna concentrada no curto e no curtíssimo prazo e, assim, o calote no pagamento dela torna-se inevitável quando os credores deixam de continuar financiando a mesma. 

O Brasil é um caso perfeito de país no qual as suas elites dominantes nunca aprendem coisa alguma sobre os erros que cometem e, assim, vivem cometendo os mesmos erros sempre. 

E assim o Estado brasileiro vive quebrando de tempos em tempos, o que irá acontecer novamente, muito provavelmente já em 2021. E o povo pagará a conta, é claro. 

Pobre e triste país. 

Link:

Dívida Pública bate recorde e chega a 88,8% do PIB em Agosto de 2020:

https://www.poder360.com.br/economia/divida-publica-atinge-888-do-pib-em-agosto-diz-bc/

Miriam Leitão admite que Estado brasileiro poderá dar calote no pagamento da Dívida Pública em 2021:

https://www.brasil247.com/economia/miriam-leitao-alerta-para-o-risco-de-crise-da-divida-publica

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