'Primavera Progressista' exige o fim das políticas Neoliberais na América do Sul!

'Primavera Progressista' exige o fim das políticas Neoliberais na América do Sul! - Marcos Doniseti!

Texto editado e atualizado no dia 21/11/2019, às 14hs. 
Primavera Progressista na América do Sul: A faixa resume o sentimento do povo chileno contra as políticas Neoliberais de Piñera. Sentimento de insatisfação e revolta tomou conta da América do Sul nos últimos tempos, colocando os governos Neoliberais da região (Equador, Argentina, Chile) contra a parede. Neoliberalismo se tornou inteiramente inviável na América Latina. 

Na tarde do dia 21/10/2019 centenas de milhares de chilenos estiveram reunidos na Plaza Itália, no Centro de Santiago, exigindo a renúncia de Piñera. E a manifestação aconteceu mesmo depois que o presidente chileno (Neoliberal) decretou 'Estado de Emergência' e declarou guerra contra o próprio povo do país.

Embora a razão imediata para que os protestos acontecessem tenha sido o reajuste da tarifa de Metrô, a população chilena está muito insatisfeita com inúmeros problemas, como o fato de que é obrigada a pagar pela Saúde, Educação e Previdência, que foram inteiramente privatizadas na Ditadura de Pinochet (1973-1990).

Isso acontece mesmo tempo em que os salários dos trabalhadores são muito baixos, sendo insuficientes para que mesmo a classe média do país possa pagar por todos os serviços, que foram totalmente privatizados durante a Ditadura do assassino e traficante de drogas Augusto Pinochet. 

Há muitos anos o Chile já tinha sido abalado por protestos de estudantes que exigiam que o governo investisse na criação de um sistema público e gratuito de educação de qualidade.

E os protestos contra as políticas Neoliberais (privatizações, arrocho salarial, eliminação de direitos sociais e trabalhistas) se alastraram por vários países da região.
Primavera Progressista na América do Sul: 'Se não há pão para o pobre, não haverá paz para o rico'. Entenderam o recado, Neoliberais?


Recentemente, no Equador, vimos o povo nas ruas derrotar o governo neoliberal de Lenín Moreno, que aplica de forma rígida as políticas de arrocho do FMI (arrocho salarial, aumento de tarifas, privatizações, etc). Desta maneira, Lenín Moreno foi obrigado a voltar atrás na imposição de medidas que empobreciam a população e que beneficiavam apenas ao Grande Capital Financeiro.


E se até no Chile essas políticas Neoliberais estão sendo rejeitadas pela maioria da população, então é porque elas faliram completamente, pois em nenhum outro país latino-americano o Neoliberalismo foi implantado com tanta força e intensidade. E o país sempre foi apresentado pelos Neoliberais como o modelo que deveria ser copiado pelos demais países latino-americanos.

Mas essas manifestações da população chilena deixam claro que o 'Paraíso Neoliberal Chileno' faliu e se tornou inviável. Não há como manter esse modelo e grande parte das privatizações, principalmente as da Saúde, Educação e Previdência Social, terão que ser revertidas pelo governo de Piñera ou então ele sofrerá uma derrota tão ou mais humilhante na próxima eleição quanto a sofrida por Macri, que foi derrotado já no primeiro turno.

Com tudo isso, Piñera foi obrigado a concordar com a convocação de uma eleição para uma Assembleia Constituinte, que irá elaborar a nova Constituição do país, substituindo a atual, que vem da Ditadura criminosa e corrupta de Pinochet. 
Primavera Progressista na América do Sul - Povo equatoriano deu o recado: Fora FMI. O governo neoliberal de Lenín Moreno fechou um acordo com o FMI e impôs medidas que empobreciam a população, como um aumento de 123% para os combustíveis. A luta da população fez o governo do traidor e entreguista Moreno recuar.

Enquanto isso, na Argentina, a chapa peronista, de perfil Progressista (de Centro-Esquerda), formada por Alberto Fernández/Cristina Kirchner, venceu a eleição presidencial, que ocorreu no dia 27 de Outubro, encerrando o desastroso e fracassado governo Neoliberal de Mauricio Macri, que dobrou a dívida pública, aumentou a pobreza e fez a taxa de desemprego, a cotação do Dólar e a inflação disparar.  

Na Bolívia, o presidente Evo Morales, que adotou políticas progressistas de distribuição de renda e investimentos produtivos (em industrialização) e sociais, venceu a eleição já no primeiro turno, mas acabou sendo vítima de um criminoso e sanguinário Golpe de Estado

O governo ditatorial e ilegítimo que tomou posse, liderado por Jeanine Anez está, agora, massacrando o povo boliviano que luta, nas ruas, para restabelecer o governo democrático e constitucional de Evo Morales. Já tivemos dezenas de mortos e centenas de feridos em função de uma criminosa repressão promovida pela Ditadura Neoliberal da assassina Jeanine Anez, que não tem nenhuma legitimidade para governar a Bolívia.

No Brasil, o governo de Bolsonaro perde apoio popular a cada mês e é um total fracasso econômico e social. Nem resolver um caso de derramamento de petróleo (da Shell) no litoral nordestino ele consegue, tal a sua incompetência, inépcia e mediocridade. Segundo pesquisa divulgada há poucos dias pelo 'Atlas Político' o índice de Ruim/Péssimo de seu governo cresceu bastante e já chegou a 42%. 

E a Colômbia enfrenta no dia 21/11/2019 uma imensa Greve Geral, com manifestações populares ocorrendo no país e que são contrárias às políticas adotadas pela Ditadura Neoliberal do governo 'uribista' de Ivan Duque, que é desaprovado por 69% da população colombiana, sendo altamente impopular, portanto.  

Assim, a América do Sul está vivendo um fenômeno que lembra a 'Primavera Árabe', bem como a 'Revolução Democrática' que ocorreu no Leste Europeu (1989-1990), com o povo nas ruas exigindo a renúncia dos governantes e o abandono de políticas que prejudicam a maioria absoluta da população.

Portanto, essa 'Primavera Progressista' irá, inevitavelmente, destruir e enterrar o Neoliberalismo na América do Sul. Os governantes que desejarem se manter no poder nos países da região terão que, obrigatoriamente, abandonar as políticas Neoliberais.
Uma gigantesca mobilização popular obrigou o governo Neoliberal de Lenín Moreno recuar e desistir de impor medidas exigidas pelo FMI e que empobreciam a população. E um pacote econômico, de caráter neoliberal, foi derrotado em votação no Congresso Nacional devido às fortes mobilizações populares.

Quem viver, verá.

Fora, Piñera!

Fora, Lenín Moreno!

Fora, Macri!

Fora, Ivan Duque!

Fora, Bolsonaro!

Fora, Neoliberais!

Links:

Chilenos estão nas ruas contra as privatizações da Saúde, Educação e Previdência Social:
https://nocaute.blog.br/2019/10/21/os-chilenos-estao-nas-ruas-contra-as-privatizacoes/

Povo chileno está cansado de não ser ouvido pelo governo de Piñera:
https://www.cartacapital.com.br/mundo/protestos-no-chile-pessoas-estao-cansadas-de-nao-serem-ouvidas/

Evo Morales vence eleição no primeiro turno:
https://www.brasildefato.com.br/2019/10/24/apos-cinco-dias-de-apuracao-evo-morales-e-reeleito-presidente-da-bolivia-em-1o-turno/
Primavera Progressista na América do Sul: Alberto Fernández e Cristina Kirchner derrotaram Macri no dia 27 de Outubro, vencendo a eleição já no primeiro turno.

Alberto Fernández e Cristina Kirchner abrem vantagem de 20 p.p. sobre Macri e devem ser eleitos no primeiro turno:
https://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2019/10/fernandez-20-pontos-contra-macri/

Indígenas lideram revolta popular e obrigam Lenín Moreno a recuar:
https://www.cartacapital.com.br/mundo/indigenas-lideram-revolta-popular-e-fazem-presidente-do-equador-ceder/

Chile terá nova Constituição a partir de 2020:
https://www.poder360.com.br/internacional/chile-anuncia-plebicito-sobre-nova-constituicao-dw/

Greve Geral na Colômbia (21/11/2019) contra governo Neoliberal de Ivan Duque:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/11/19/internacional/1574122685_285488.html

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