Brasil: Economia fica estagnada em 2019 e está em situação de Recessão Permanente!

Brasil: Economia fica estagnada em 2019 e está em situação de Recessão Permanente! - Marcos Doniseti!
A taxa de investimentos produtivos manteve-se acima de 20% do PIB entre 2010 e 2014 (último ano do governo Lula e primeiro mandato de Dilma), que foi o período de maior crescimento econômico brasileiro dos últimos 40 anos. E 80% dos investimentos produtivos foram realizados pelo setor Público, com o setor Privado respondendo apenas por 20% do total. 

Política Econômica Neoliberal Ultrarradical de Temer e Bolsonaro mantém economia brasileira em situação de Recessão Permanente!
Segundo informações divulgadas pelo competente e sério economista José Paulo Kupfer, em sua coluna no portal UOL, os indicadores do primeiro semestre de 2019 apontam para o fato de que a economia brasileira ficou estagnada neste período.

O fato concreto é que desde o governo Temer o Brasil enfrenta uma situação que pode perfeitamente ser definida como sendo de Recessão Permanente.
O governo Temer reverteu a política favorável ao crescimento que o então ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, tinha implantado a partir de 2016 e, com Henrique Meirelles no comando da economia, adotou uma política Neoliberal Ultrarradical que impediu a recuperação da economia brasileira já partir do segundo semestre de 2016 e a manteve em situação de virtual estagnação em 2017 e em 2018. 
Tal política econômica jogou a economia brasileira em uma situação recessiva de longa duração, o que explica o fato do Brasil possuir 18 milhões de desempregados atualmente e de já estar em seu quinto ano de Recessão.
A pequena e ridícula expansão que tivemos em 2017 (1,1%) e em 2018 (1,1%) ocorreu devido ao aumento das exportações, que foi gerado por uma aceleração do ritmo de crescimento econômico dos países ricos (EUA e UE) e do comércio mundial a partir de 2016 e que durou até o final de 2018.
A taxa de Desemprego (média anual) disparou no Brasil após o início do Golpe e se mantém em um patamar elevado até o momento atual, fechando em 12% no trimestre encerrado em Junho de 2019 ela ficou em 12%. Somando todos os desempregados (os que procuram e os que não procuram emprego) o número total chega 17,7 milhões (ver link abaixo).


Neste dois anos e sete meses de governo Temer (Maio de 2016 até Dezembro de 2018), tivemos uma forte queda do consumo interno, devido ao empobrecimento da população, mas que foi parcialmente compensado pelo aumento de exportações.
Além disso, desta ridícula e medíocre 'expansão' de 1,1% nós temos que abater os 0,8% anuais de crescimento demográfico, o que reduz a expansão do PIB para ridículos 0,3% em cada ano (2017 e 2018).
Portanto, não tivemos crescimento algum no biênio 2017/2018 e nestes dois anos a economia brasileira, de fato, ficou estagnada.
Assim, aquela história de que 'se a Dilma sair, o PIB dobra' (como disse um site de extrema-direita) e de que após a derrubada dela os investimentos e os empregos voltariam (como afirmou um grande empresário do setor varejista), era apenas conversa fiada (Fake News) para enganar a população.

O fato concreto é que os brasileiros não conhecem os fundamentos e tampouco dominam os conceitos de Economia, como os de Superávit Primário, Déficit Público Nominal, Reservas Internacionais, Dívida Pública Bruta e Líquida, Taxa Selic, Depósitos Compulsórios, Balanço de Pagamentos,  Política Monetária, Política Fiscal, Transações Correntes e Balança Comercial.

Com isso, fica fácil para que falsos economistas, jornalistas que defendem os interesses do Grande Capital Financeiro e empresários mentirosos enganem a população com promessas e falácias sem base alguma na realidade econômica do país.
Brasil: A taxa média anual de desemprego despencou no Brasil entre 2003 e 2014, caindo de 12,2% (2002) para 4,8% (2014). O Golpe de 2015/2016 destruiu as bases, política e econômica, deste processo de crescimento que durou 12 anos e que foi responsável por fazer o Brasil se tornar a 6a. maior economia mundial e por ter alcançado a menor taxa de desemprego da sua história.


Durante o governo Temer também tivemos a disparada da Dívida Pública.
Assim, a Dívida Pública Brutal subiu de 60% do PIB (2015) para 78% do PIB (2018), enquanto que a Dívida Pública Líquida aumentou de 35% do PIB (2015) para 55% do PIB (2018).
Isso representa um aumento brutal da Dívida Pública, que cresceu R$ 1,27 Trilhão em pouco mais de dois anos.
Assim, a política econômica Neoliberal Ultrarradical do governo Temer foi um total e completo fracasso.
E a mesma política econômica foi aprofundada e radicalizada pelo governo Bolsonaro, intensificando as medidas de caráter recessivo que o governo de Temer já havia adotado.

Assim, desde o governo Temer nós tivemos o seguinte:

A) A redução dos investimentos públicos, que atingiu o menor patamar da história no primeiro trimestre de 2019);

B) Adoção de uma política de arrocho salarial, que reduziu o poder de compra da população e, logo, a sua capacidade de consumir;

C) O congelamento da tabela do Imposto de Renda (desde 2016), o que resulta em aumento de tributação sobre os assalariados, empobrecendo os mesmos. Atualmente, no Brasil, quem ganha ridículos 2 Salários Mínimos já está sendo tributado pelo Imposto de Renda;
Gráfico feito com dados oficiais do Banco Central mostra que a Dívida Pública (Bruta e Líquida; DPB e DPL) despencaram nos governos Lula e Dilma e passaram por um forte e rápido crescimento no governo Temer. Assim, a DPB diminuiu de 81% do PIB (2002) para 60% do PIB (2015) e a DPL caiu de 60% do PIB (2002) para 35% do PIB (2015).

D) O desestímulo aos investimentos produtivos, com a redução da oferta de crédito e a manutenção de uma política de juros escorchantes, o que encareceu o custo do crédito e, logo, dos investimentos produtivos;
E) O desmonte das políticas sociais, com forte redução nos orçamentos do Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, FIES, ProUni, extinção do Ciência Sem Fronteiras; 
F) Política externa prejudicial às exportações; 
G) Política irresponsável de forte aumento nos preços dos combustíveis, que empobreceu a população, que passaram a seguir a variação do Dólar (embora os trabalhadores brasileiros sejam pagos em Reais) e do preço do barril de petróleo no mercado externo (embora o Brasil seja exportador do produto).
Estas foram algumas das principais medidas adotadas pelos governos de Temer e que foram aprofundadas pelo governo de Bolsonaro.
Desta maneira, mesmo aquele ridícula expansão de 2017 e 2018 (de 1,1% em termos nominais e de 0,3% em termos reais) chegou ao fim e o Brasil, na melhor das hipóteses, ficou com a sua economia estagnada no primeiro semestre de 2019.
Este resultado fará com que o 'crescimento' de 2019 fique próximo de 0%, pois qualquer medida de estímulo que seja adotada agora só terá efeitos práticos em 2020.
E se descontarmos o crescimento demográfico, então configura-se uma clara Recessão no Brasil atualmente.
Economia brasileira teve o menor nível de investimentos produtivos nos governos Temer e Bolsonaro (primeiro trimestre). E sem investimentos não temos criação de empregos, salários, arrecadação de impostos, investimentos públicos... E tudo isso acontece em função da política econômica fortemente Recessiva que os governos Temer e Bolsonaro adotaram.

Portanto, o Brasil já está, graças ao Golpe que desestabilizou a vida política e econômica do país, em seu quinto ano consecutivo de Recessão.
E enquanto esse modelo econômico Neoliberal Ultrarradical, que foi adotado a partir do governo Temer e que foi aprofundado pelo governo Bolsonaro, for mantido não teremos nenhum crescimento. Nada. Zero.
Quem sobreviver, verá.
Links:

Governo Lula criou 15 milhões de empregos entre 2003-2010:
https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/negocios/20110105/pais-pleno-emprego/3872.shtml

Taxa de Desemprego fecha segundo trimestre de 2019 em 12% e número total de desempregados está em 17,7 milhões:
https://oglobo.globo.com/economia/desemprego-cai-para-12-mas-ainda-atinge-128-milhoes-de-brasileiros-23842447

Indicadores mostram que economia brasileira ficou estagnada no primeiro semestre de 2019!
https://josepaulokupfer.blogosfera.uol.com.br/2019/08/09/numeros-indicam-que-economia-brasileira-perdeu-o-primeiro-semestre/

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