A história do fracasso do Neoliberalismo no Brasil!

A história do fracasso do Neoliberalismo no Brasil! - Marcos Doniseti!
O completo fracasso das políticas Neoliberais adotadas pelo governo FHC, que o levou a recorrer ao FMI em três oportunidades (1998, 2001 e 2002), do qual emprestou US$ 86,5 Bilhões.

Conheça a história de seu país ou se prepare para cometer sempre os mesmos erros!

Muitos conhecem (mas outros não) a famosa frase "Um povo que não conhece a própria história está condenado a repeti-la".

Entre outros motivos, conhecer o passado é fundamental para saber o que foi feito de certo e o que foi feito de errado.

Assim poderemos tirar as lições necessárias para que possamos acertar mais e errar menos, o que criará as condições para que o Brasil se desenvolva e o seu povo possa vir a desfrutar de uma vida  muito melhor do que aquela que tem atualmente, quando temos 18 milhões de desempregados, arrocho salarial, aumento da concentração de renda, das desigualdades sociais, da pobreza e da miséria.

Quem já estudou sobre a história dos governos brasileiros é conhecedor do fato de que essas políticas Neoliberais Radicais que o governo Bolsonaro/Guedes está adotando já foram implantadas no Brasil anteriormente e foram um gigantesco fracasso.

Os governos de Dutra, Castello Branco, Collor e FHC já adotaram muitas destas medidas e todos eles fracassaram, sem nenhuma exceção.

Nenhum deles fez um bom governo.
O desastroso governo Neoliberal de Mauricio Macri provocou a explosão da Inflação, que já supera os 54% no acumulado em 12 meses (Abril/2018 a Março/2019).


Senão, vejamos:

1) Eurico G. Dutra (1946/1951): Arrochou fortemente os salários (o Salário Mínimo perdeu metade do seu poder de compra), liberou importações, gastou todas as reservas em dólares do país, reprimiu o movimento operário e, desta forma, terminou o mandato de forma altamente impopular, o que facilitou a fácil vitória de Getúlio Vargas na eleição presidencial de 1950, na qual o líder histórico do PTB conquistou 48,5% dos votos;

2) Castello Branco (1964/1967): Seu governo teve no comando da economia a dupla Neoliberal Octávio Gouvêa de Bulhões e Roberto Campos. Seu governo também arrochou fortemente os salários, privatizou, adotou política econômica recessiva, promovendo uma forte redução de investimentos públicos, reduziu a oferta de crédito, elevou os juros e aumentou impostos.

Com isso, ele ficou tão impopular que teve que reprimir duramente a oposição, promovendo uma série ações arbitrárias: prisões ilegais, torturas, assassinatos, cassações de mandatos de políticos de oposição, fim de eleições diretas e censura à imprensa. O resultado dessa política foi a implantação de uma Ditadura Militar para que os golpistas de 64 pudessem se manter no cargo.

Somente assim foi possível que Castello Branco pudesse concluir o seu mandato que, aliás, foi prorrogado de forma arbitrária, pois ele deveria ter sido encerrado em Janeiro de 1966 mas durou até 15 de Março de 1967;

3) Fernando Collor (1990/1992): Confiscou o dinheiro da população, privatizou, arrochou salários, aumentou tarifas públicas, reduziu fortemente os investimentos públicos, demitiu dezenas de milhares de funcionários públicos de forma arbitrária, colocando-os em 'disponibilidade'. Em seu governo a taxa de desemprego mais do que dobrou e o poder de compra dos trabalhadores caiu 40%. 

Collor ficou tão impopular que não terminou o mandato. Foi 'impichado' entre Setembro, quando foi afastado do cargo pela Câmara dos Deputados, e Dezembro de 1992, quando teve o mandato cassado pelo Senado, embora tenha tentado uma manobra de última hora, 'renunciando' ao mandato para evitar a perda dos seus direitos políticos por oito anos, mas a renúncia foi rejeitada pelo Congresso Nacional.
Durante os governos Lula e Dilma as Reservas Internacionais Líquidas cresceram de US$ 16 Bilhões (2002) para US$ 379 Bilhões (2015).

4) FHC (1995/2002): Arrochou salários, privatizou, reduziu investimentos públicos, aumentou tarifas públicas, aumentou impostos. O número de desempregados cresceu em 120% em seus oito anos de mandato e a Dívida Pública bateu recorde histórico. 

No seu governo o país quebrou de tal forma que FHC recorreu três vezes ao FMI, do qual emprestou US$ 86,5 Bilhões, pois o Brasil ficou sem dinheiro para honrar os seus compromissos externos, principalmente o pagamento da Dívida Externa e a remessa de lucros de empresas estrangeiras para o exterior;

5) A Argentina é outro caso de governo Neoliberal que fracassou totalmente, que é o de Mauricio Macri.

Seu governo cortou investimentos públicos, liberou importações, arrochou salários, fez reforma da Previdência, aumentou fortemente os preços das tarifas públicas, elevou imensamente a Dívida Externa. 
Collor deu início a um processo de privatizações que, posteriormente, foi aprofundado pelo governo FHC. A promessa é que as privatizações iriam reduzir preços das tarifas públicas (energia, telefone), melhorar a qualidade dos serviços e reduziria o endividamento público. Nada disso aconteceu.

O resultado dessa política foi catastrófico:

- O percentual da população vivendo na pobreza disparou (passou de 25% para 32%);

- O desemprego aumentou em 50% (de 6% para 9%);

- A Dívida Externa aumentou em US$ 100 Bilhões;

- O país sofreu uma fuga de capitais  que reduziu fortemente as Reservas 
Internacionais.

Tudo isso obrigou o governo Macri a pedir um empréstimo de US$ 57 Bilhões junto ao FMI, o que equivale a 9,4% do PIB da Argentina.

Para se ter uma ideia do que isso significa, se o Brasil fizesse um empréstimo de 9,4% do PIB o valor do mesmo seria de US$ 190 Bilhões (R$ 760 Bilhões);

6) Além disso, estas políticas Neoliberais Radicais também fracassaram até mesmo nos países mais ricos do mundo (EUA, UE) nos quais todo o sistema financeiro privado foi a falência em 2008 e 2009.
O preço médio da Gasolina nas refinarias subiu absurdos 36% em apenas quatro meses de governo Bolsonaro. 
Foi necessário que os governos destes países (UE, EUA) usassem de uma gigantesca quantidade de dinheiro público (US$ 19 Trilhões) para salvar o sistema financeiro e interromper a Depressão Econômica que já havia se instalado nas economias dos EUA e da UE;

7) Logo, é possível afirmar, de forma inequívoca, que as políticas Neoliberais Radicais que Bolsonaro/Guedes estão adotando estão condenadas ao fracasso.

8) Não é à toa, por exemplo, que essa política econômica de Bolsonaro (que é a continuação da mesma política adotada pelo governo Temer) gerou as seguintes consequências:

A) A economia brasileira já está em Recessão: o PIB brasileiro caiu 0,68% no primeiro trimestre. No mês de Março a queda foi de 2,52% em relação ao mesmo mês de 2018;

B) A taxa de inflação triplicou no primeiro quadrimestre de 2019, quando comparado com o mesmo período de 2018;

C) O número de desempregados aumentou em 1,2 milhão trabalhadores apenas no primeiro trimestre deste ano.
Desembolsos do BNDES bateram recorde histórico durante os governos Lula e Dilma, o que foi fundamental para se financiar os investimentos produtivos que foram fundamentais para o crescimento econômico do Brasil entre 2003 e 2014.

9) Portanto, conhecer a história é fundamental, sim, para se aprender tanto com o que foi feito de certo, quanto com o que foi feito de errado. 

Foi por não conhecer a própria história que o povo brasileiro errou ao eleger Bolsonaro, cujo governo é uma continuidade do governo Temer e que aprofunda e radicaliza as políticas fracassadas do mesmo. 

Exemplos disso são a política de arrocho salarial, de congelamento da tabela do Imposto de Renda e do aumento dos preços dos combustíveis, de privatizações e de entrega das riquezas nacionais para o capital estrangeiro. 

Assim, ou o povo brasileiro começa a estudar de verdade, a fim de conhecer a história do país no qual vive, ou continuará a enfrentar uma vida cada vez pior e mais difícil.

Somente a partir do momento que a população passar a conhecer a história do Brasil, assimilar os acertos e os erros de sua história, é que o país poderá continuar se desenvolvendo.

Sem isso, esqueçam. 

A Dívida Pública Líquida atingiu o seu maior patamar no governo FHC (2002), quando chegou a 59,8% do PIB. Durante os governos Lula e Dilma a DPL desabou para 35,6% do PIB (2015) e voltou a crescer no governo Neoliberal de Temer. No final de 2018 a Dívida Pública Líquida já tinha crescido para 53,8% do PIB em Dezembro de 2018. 


Links:

Lula pagou toda a dívida do Brasil com o FMI:


FHC recorreu três vezes ao FMI:


Inflação dispara e ultrapassa os 54% na Argentina de Macri:


Dívida Pública Líquida dispara 7,1 p.p. e fecha 2018 em 53,8% do PIB:

https://www.dci.com.br/economia/resultado-nominal-elevou-divida-liquida-em-7-1-ponto-porcentual-em-2018-diz-bc-1.776676

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