Preço do litro da Gasolina já subiu 36% nas refinarias em 2019! Sistema financeiro lucra duplamente com a política de preços dos combustíveis!
Preço do litro da Gasolina já subiu 36% nas refinarias em 2019! Sistema financeiro lucra duplamente com a política de preços dos combustíveis! - Marcos Doniseti!
O governo de Bolsonaro deu continuidade à irresponsável política de preços dos combustíveis que foi implantada pelo governo Temer. Somente em 2019, o preço da Gasolina nas refinarias já aumentou 36%.
Tal política não possui fundamentos econômicos que a justifiquem e por vários motivos:
1) A taxa de inflação está em torno de 4,5% no acumulado em 12 meses, mas no IPC que compõem o IGP-M ela já chega a 5%;
2) O Brasil (ou seja, a Petrobras) é exportador de Petróleo. Logo, se o preço do produto no mercado externo sobe o faturamento e o lucro da Petrobras aumentam. Portanto, não existe motivo para aumentar os preços dos combustíveis quando o preço do produto sobe no exterior;
3) O preço do barril de petróleo no mercado externo se encontra no mesmo patamar em que estava há cerca de um ano, oscilando em torno de US$ 65 a US$ 70. E mesmo que estivesse subindo, isso iria beneficiar a Petrobras, que é exportadora do produto.
Logo, isso não é motivo para aumentar os preços dos combustíveis internamente.
4) Além disso, e o mais grave de tudo, é que essa política de preços dos combustíveis impede que a inflação desacelere. De fato, essa política de preços aumenta a inflação e empobrece a população.
E como essa política de preços dos combustíveis impede que a inflação desacelere, o Banco Central mantém a política de juros reais elevados (taxa Selic), o que faz com que a economia brasileira permaneça estagnada e que pode até gerar uma Recessão.
5) Aliás, todos os indicadores econômicos do primeiro trimestre de 2019 apontam para o fato de que teremos uma Recessão no Brasil neste ano.
Neste ano nós temos:
- Aumento da Dívida Pública (Bruta e Líquida);
- Queda das vendas dos produtos essenciais;
- Aumento da Inflação;
- Aumento do Desemprego;
- Aumento da subutilização da força de trabalho;
- Déficit Público Nominal de 7% do PIB (em 12 meses).
A taxa de desemprego cresce sem parar e chegou a 12,7% no trimestre encerrado em Março. Já a taxa de subutilização da força de trabalho é de 25%, o que é um recorde histórico, e o número total de trabalhadores nessa situação é de 28 milhões.
As vendas de produtos essenciais despencaram 5,2% no primeiro bimestre. E a inflação está aumentando e justamente graças à política de preços dos combustíveis, que beneficia apenas aos acionistas da Petrobras e aos detentores dos títulos da Dívida Pública, o que irei explicar na sequência.
A Dívida Pública Líquida do Brasil já está em 54,2% do PIB (Março de 2019). No final de 2002 ela era de 59,8% do PIB. Já nos governos Lula e Dilma ela havia ela havia despencado para apenas 35,6% do PIB (Dezembro de 2015).
Agora, em Março deste ano a DPL já chegou a 54,2% do PIB. Esse crescimento representa um aumento de R$ 1,250 Trilhão. E quem pagará essa Dívida? O povo, é claro.
E esse endividamento continuará subindo, pois o Déficit Público Nominal é de quase 7% do PIB, tendo acumulado R$ 483 Bilhões nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central.
6) Mas como os preços dos combustíveis está levando a uma inflação bem maior, o Banco Central irá elevar a Taxa
Selic, o que irá implicar em maiores lucros para os detentores dos títulos da
Dívida Pública, que são remunerados pela Taxa Selic, pois cerca de 25% dos títulos
da Dívida Pública são remunerados pela Selic.
7) E a maior parte destes títulos da Dívida Pública está nas mãos de grandes Instituições Financeiras privadas (bancos, fundos de investimentos).
8) Agora, vem o principal: Quem aumenta os seus lucros quando os preços dos combustíveis sobem tanto?
Os acionistas da Petrobras, é claro. E grande parte deles são Instituições Financeiras (Bancos, Fundos de Investimentos) nacionais e estrangeiras.
Assim, essa política de preços dos combustíveis beneficia apenas o Capital Financeiro, que lucra duas vezes com a mesma:
A) Lucra por ser acionista da Petrobras;
B) Lucra por ser detentor dos títulos da Dívida Pública que são remunerados pela taxa Selic, a mesma taxa que é aumentada (pelo Copom do Banco Central) todas as vezes em que a inflação sobe.
Entenderam, agora, porque o Sistema Financeiro apoiou em peso a candidatura de Bolsonaro?
É isso.
Links:
Evolução dos preços dos combustíveis em 2019 (nas refinarias):
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/29/petrobras-aumenta-preco-da-gasolina-em-35percent-nas-refinarias-a-partir-de-terca.ghtml
Preços dos combustíveis e a Inflação:
http://www.tijolaco.net/blog/preco-da-gasolina-e-o-cobertor-curto-que-deixa-de-fora-o-pe-da-inflacao/
Taxa de subutilização da força de trabalho chega a 25%; número total chega a 28 milhões:
https://www.cartacapital.com.br/economia/emprego-populacao-subutilizada-bate-recorde-e-passa-de-28-milhoes/
Taxa de Desemprego fica em 12,7% em Março:
https://www.cartacapital.com.br/economia/desemprego-sobe-em-marco-e-atinge-134-milhoes-de-brasileiros/
IGP-M já mostra inflação de 8,6% em 12 meses:
http://www.tijolaco.net/blog/inflacao-ao-consumidor-nao-abranda-aumenta/
Dívida Pública do Brasil sobe ainda mais em 2019:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/30/contas-publicas-tem-rombo-de-r-186-bilhoes-em-marco-e-divida-se-aproxima-de-80percent-do-pib.ghtml
https://www.poder360.com.br/economia/setor-publico-tem-deficit-de-r-1863-bilhoes-em-marco/
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| No final de 2018 o preço médio do litro da gasolina, nas refinarias, era de R$ 1,50 e agora já está em R$ 2,04. O aumento acumulado em apenas quatro meses de 2019 é de absurdos 36%. |
O governo de Bolsonaro deu continuidade à irresponsável política de preços dos combustíveis que foi implantada pelo governo Temer. Somente em 2019, o preço da Gasolina nas refinarias já aumentou 36%.
Tal política não possui fundamentos econômicos que a justifiquem e por vários motivos:
1) A taxa de inflação está em torno de 4,5% no acumulado em 12 meses, mas no IPC que compõem o IGP-M ela já chega a 5%;
2) O Brasil (ou seja, a Petrobras) é exportador de Petróleo. Logo, se o preço do produto no mercado externo sobe o faturamento e o lucro da Petrobras aumentam. Portanto, não existe motivo para aumentar os preços dos combustíveis quando o preço do produto sobe no exterior;
3) O preço do barril de petróleo no mercado externo se encontra no mesmo patamar em que estava há cerca de um ano, oscilando em torno de US$ 65 a US$ 70. E mesmo que estivesse subindo, isso iria beneficiar a Petrobras, que é exportadora do produto.
Logo, isso não é motivo para aumentar os preços dos combustíveis internamente.
4) Além disso, e o mais grave de tudo, é que essa política de preços dos combustíveis impede que a inflação desacelere. De fato, essa política de preços aumenta a inflação e empobrece a população.
E como essa política de preços dos combustíveis impede que a inflação desacelere, o Banco Central mantém a política de juros reais elevados (taxa Selic), o que faz com que a economia brasileira permaneça estagnada e que pode até gerar uma Recessão.
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| O IGP-M, calculado pela FGV, já acumula inflação de 8,64% em 12 meses. E o IPC (Inflação ao Consumidor) já está em quase 5% ao ano. E o pior é que essa alta ocorre mesmo com a economia estagnada, o que significa que se a economia voltasse a crescer essa taxa seria muito maior. Afinal, com as vendas estagnadas ou em queda fica muito difícil para as empresas repassarem os preços para o consumidor. |
5) Aliás, todos os indicadores econômicos do primeiro trimestre de 2019 apontam para o fato de que teremos uma Recessão no Brasil neste ano.
Neste ano nós temos:
- Aumento da Dívida Pública (Bruta e Líquida);
- Queda das vendas dos produtos essenciais;
- Aumento da Inflação;
- Aumento do Desemprego;
- Aumento da subutilização da força de trabalho;
- Déficit Público Nominal de 7% do PIB (em 12 meses).
A taxa de desemprego cresce sem parar e chegou a 12,7% no trimestre encerrado em Março. Já a taxa de subutilização da força de trabalho é de 25%, o que é um recorde histórico, e o número total de trabalhadores nessa situação é de 28 milhões.
As vendas de produtos essenciais despencaram 5,2% no primeiro bimestre. E a inflação está aumentando e justamente graças à política de preços dos combustíveis, que beneficia apenas aos acionistas da Petrobras e aos detentores dos títulos da Dívida Pública, o que irei explicar na sequência.
A Dívida Pública Líquida do Brasil já está em 54,2% do PIB (Março de 2019). No final de 2002 ela era de 59,8% do PIB. Já nos governos Lula e Dilma ela havia ela havia despencado para apenas 35,6% do PIB (Dezembro de 2015).
Agora, em Março deste ano a DPL já chegou a 54,2% do PIB. Esse crescimento representa um aumento de R$ 1,250 Trilhão. E quem pagará essa Dívida? O povo, é claro.
E esse endividamento continuará subindo, pois o Déficit Público Nominal é de quase 7% do PIB, tendo acumulado R$ 483 Bilhões nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central.
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| A Dívida Pública Bruta despencou nos governos Lula e Dilma, caindo de 81% do PIB (2002) para 58% do PIB (2015). E a Dívida Pública Líquida também desabou, de 60% do PIB para 35% do PIB. |
7) E a maior parte destes títulos da Dívida Pública está nas mãos de grandes Instituições Financeiras privadas (bancos, fundos de investimentos).
8) Agora, vem o principal: Quem aumenta os seus lucros quando os preços dos combustíveis sobem tanto?
Os acionistas da Petrobras, é claro. E grande parte deles são Instituições Financeiras (Bancos, Fundos de Investimentos) nacionais e estrangeiras.
Assim, essa política de preços dos combustíveis beneficia apenas o Capital Financeiro, que lucra duas vezes com a mesma:
A) Lucra por ser acionista da Petrobras;
B) Lucra por ser detentor dos títulos da Dívida Pública que são remunerados pela taxa Selic, a mesma taxa que é aumentada (pelo Copom do Banco Central) todas as vezes em que a inflação sobe.
Entenderam, agora, porque o Sistema Financeiro apoiou em peso a candidatura de Bolsonaro?
É isso.
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| Brasil: Dívida Pública Líquida desabou nos governos Lula e Dilma, caindo de 59,8% do PIB (2002) para 35,6% do PIB em 2015. Ela voltou a subir rapidamente no governo Temer, chegando a 50,9% do PIB em 2017 (Setembro). Agora, no governo Bolsonaro, a DPL já chegou a 54,2% do PIB. Assim, a DPL está se aproximando do mesmo patamar em que se encontrava no final do governo FHC. Isso mostra que o Golpe está quebrando o Estado Brasileiro. |
Links:
Evolução dos preços dos combustíveis em 2019 (nas refinarias):
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/29/petrobras-aumenta-preco-da-gasolina-em-35percent-nas-refinarias-a-partir-de-terca.ghtml
Preços dos combustíveis e a Inflação:
http://www.tijolaco.net/blog/preco-da-gasolina-e-o-cobertor-curto-que-deixa-de-fora-o-pe-da-inflacao/
Taxa de subutilização da força de trabalho chega a 25%; número total chega a 28 milhões:
https://www.cartacapital.com.br/economia/emprego-populacao-subutilizada-bate-recorde-e-passa-de-28-milhoes/
Taxa de Desemprego fica em 12,7% em Março:
https://www.cartacapital.com.br/economia/desemprego-sobe-em-marco-e-atinge-134-milhoes-de-brasileiros/
IGP-M já mostra inflação de 8,6% em 12 meses:
http://www.tijolaco.net/blog/inflacao-ao-consumidor-nao-abranda-aumenta/
Dívida Pública do Brasil sobe ainda mais em 2019:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/04/30/contas-publicas-tem-rombo-de-r-186-bilhoes-em-marco-e-divida-se-aproxima-de-80percent-do-pib.ghtml
https://www.poder360.com.br/economia/setor-publico-tem-deficit-de-r-1863-bilhoes-em-marco/
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