Biden erra feio ao apoiar o Estado de Israel contra os Palestinos, afasta eleitores progressistas e Trump torna-se o favorito para vencer em 2024!

Biden erra feio ao apoiar o Estado de Israel contra os Palestinos, afasta eleitores progressistas e Trump torna-se o favorito para vencer em 2024! - Marcos Doniseti!

Gigantesca manifestação em Washington, em 04/11/2023, e que reuniu centenas de milhares de pessoas, que exigiram cessar fogo na Palestina. Biden foi criticado duramente pelos manifestantes e que são eleitores do Partido Democrata, mas que não aceitam a continuidade da política atual para a questão Palestina, de apoio total para o Estado de Israel.

Pesquisa realizada entre os dias 22/10 e 03/11, pelo The New York Times e Siena College, mostra que Trump derrotaria Biden em 5 dos 6 estados que são considerados essenciais em 2024, que são Arizona, Georgia, Nevada, Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. Destes 6 estados, Biden venceria apenas no Wisconsin (47% X 45%).

Se isso se confirmar em 2024, então Trump voltará a ser Presidente dos EUA, o que não será nada bom para ninguém, visto que o mesmo é um neofascista que promove e adota políticas retrógradas e reacionárias em todas as áreas: economia, política externa, área social, direitos humanos, sistema político. 

Afinal, trata-se de alguém que se recusou a acatar o resultado da eleição de 2020 e tentou um Golpe de Estado para reverter a sua derrota.

E o mais incrível é que Trump está liderando as pesquisas mesmo tendo uma péssima imagem pessoal, mas o mesmo acontece com Biden, que tem números ainda piores.

Entre as 9 pesquisas mais recentes, (segundo o site '538'), Biden aparece com um índice de desaprovação que oscila entre 53% e 59%, enquanto o seu índice de aprovação oscila entre 36% e 41% (apenas 1 das 9 pesquisas lhe dá 45% de aprovação).

Na média calculada pelo site '538', Biden tem um índice de desaprovação de 55%, contra apenas 38,7% de aprovação. Trump, por sua vez, também tem um elevado índice de desaprovação, que chega a 54,8%, contra apenas 40,4% de aprovação.

Logo, os dois principais candidatos a presidente dos EUA são rejeitados pelo mesmo percentual, que é de 55%, e o índice de aprovação deles também é quase igual, com uma pequena vantagem para Trump (40,4% X 38,7% de Biden).

Com esses números, a derrota de Biden é praticamente certa em 2024, pois ele sofrerá o desgaste de um governo muito mal avaliado pela população.

A principal razão para esses péssimos números de Biden é o estado da economia dos EUA, que piorou muito durante o seu mandato, principalmente depois do início da guerra da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e com a adoção de sanções brutais contra a Rússia.

A política de sanções, totalmente estúpida e que fracassou totalmente, que foi adotada pelos EUA, UE e por outros aliados (UE e aliados são vassalos dos EUA, de fato) contra a Rússia fez os preços das commodities (minérios, petróleo e alimentos) subir bastante no mundo inteiro.

Biden e Trump: Os dois candidatos mais fortes à Presidência dos EUA possuem uma imagem negativa, com 55% de rejeição.

Isso elevou a inflação a patamares que não eram vistos, nos EUA e UE, há várias décadas, chegando a ultrapassar os 10% na Zona do Euro em 2022 e, também em 2022, passou de 9% ao ano nos EUA.

Com isso, o poder de compra da população diminuiu em todos estes países e o mesmo ainda não voltou ao patamar que existia antes do início da guerra e da adoção das sanções contra a Rússia.

E com o aumento da inflação, os bancos centrais dos EUA e da Zona do Euro elevaram fortemente a taxa de juros, o que puxa a atividade econômica para uma situação de recessão, que aumenta o desemprego e empobrece a população.

Nos EUA a taxa de juros está, agora, no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano (era de 1,75% ao ano em Julho de 2022), o que representa a maior taxa desde 2001, enquanto que na Zona do Euro ela se encontra em 4,5% ao ano, sendo que era de 0% ao ano em Julho de 2022.

Ambas as taxas são muito altas quando se comparada com os padrões históricos que vigoram nestas duas economias. E se essas taxas forem mantidas nesse patamar por mais tempo, então as chances de uma recessão aumentarão bastante.

A recessão ainda não começou e a taxa de desemprego permanece baixa (3,9% em Outubro deste ano) porque o governo Biden adotou uma política de grande aumento dos gastos e investimentos públicos, que aumentou o já elevado déficit público e a imensa dívida pública do país.

E com a guerra da Ucrânia chegando a uma situação de uma nítida vitória da Rússia, pois a chamada contraofensiva dos ucranianos fracassou completamente, então os EUA-OTAN estão abandonando Zelensky e a Ucrânia.

Assim, os EUA-OTAN estão voltando-se, agora, para apoiar totalmente ao Estado de Israel no secular conflito contra os Palestinos, que tiveram as suas terras invadidas e ocupadas por colonizadores sionistas europeus a partir do início do século XX.  

A origem destas guerras e conflitos remonta à chamada 'Declaração Balfour', do Império Britânico, de novembro de 1917, e que concedeu aos judeus sionistas europeus o direito de construir um Lar Nacional Judaico na Palestina, o que foi feito sem que os Árabes Palestinos tivessem sido consultados. É claro que isso iria gerar conflitos e foi exatamente isso o que aconteceu. Tal processo se radicalizou ao longo do tempo e chegou a um ponto crítico atualmente.

Evolução da divisão das terras da Palestina desde 1946. Isso explica porque os Palestinos lutam para recuperar as suas terras.


E a política do governo Biden, de apoiar totalmente ao Estado de Israel, está cobrando o seu preço internamente, pois a parte do eleitorado do Partido Democrata que é mais liberal e progressista não aceita este genocídio que está sendo promovido contra o povo Palestino, que já resultou na morte de mais de 10 mil palestinos, sendo que cerca de 70% dos mortos pelas forças de Israel são mulheres e crianças.

Muitos destes eleitores progressistas já deixam claro, nas manifestações que estão se realizando nos EUA, que não votarão em Biden e nos Democratas se eles não adotarem um cessar fogo e promoverem o início de um diálogo na Palestina.

E como o governo Biden e os líderes Democratas recusam-se a mudar essa política, tudo indica que eles serão derrotados por Trump e pelos Republicanos em 2024.

Entendo que se os Democratas quiserem vencer a eleição de 2024, então eles terão que trocar de candidato, sendo que o mesmo terá que se apresentar com propostas políticas bem diferentes daquelas que são adotadas pelo governo Biden, começando por encerrar a guerra da Ucrânia, eliminar a política de sanções contra a Rússia e dar um fim ao genocídio dos Palestinos.

Seria algo parecido com o que o Robert Kennedy fez em 1968, quando se candidatou e venceu as primárias Democratas com um discurso bastante crítico em relação ao governo de Lyndon Johnson, que promovia uma guerra extremamente impopular no Vietnã. RFK se comprometeu a encerrar a guerra e se aproximou dos movimentos sociais mais progressistas do país (sindicatos, movimento negro, mulheres).

A questão é que, atualmente, parece não existir ninguém no Partido Democrata com a vontade de fazer algo assim. Então, tudo indica que a vitória praticamente cairá no colo de Trump em 2024.

Esses eleitores progressistas do Partido Democrata jamais votarão em Trump, é claro. Podem ter certeza de que ninguém que participou dessa gigantesca manifestação em Washington (alguns falam em até 300 mil pessoas presentes), neste sábado (04-11-2023) votou ou votará em Trump.

Porém, eles são todos eleitores de Biden, que se sentiram traídos pelo apoio total que seu governo está dando para a política de Genocídio que o Estado de Israel promove contra o povo Palestino na Faixa de Gaza.

'Declaração Balfour', de novembro de 1917, do Império Britânico, está na origem das guerras e conflitos entre Palestinos e o Estado de Israel, que se apropriou de terras que, durante séculos, pertenceram aos Palestinos.

Essa manifestação deixou claro que o governo Biden está afastando uma parte significativa da sua base eleitoral. Algumas das palavras de ordem que tivemos na manifestação foram 'Biden Genocida', 'Cessar Fogo Agora' e 'Sem Cessar Fogo Não Terá Votos'.

Então, essa base eleitoral do Biden, de perfil mais liberal e progressista, em boa parte, simplesmente não irá comparecer para votar em 2024, até porque nos EUA o voto não é obrigatório. Isso já aconteceu com a Hillary em 2016. Muitos eleitores Democratas, mais liberais e progressistas e que a rejeitavam, não compareceram para votar e, com isso, o Trump ganhou.

As políticas totalmente erradas que o governo Biden e os líderes Democratas adotaram (Guerra da Ucrânia, Sanções contra a Rússia, apoio total ao Estado de Israel contra os Palestinos) estão, claramente, afastando uma parte significativa dos eleitores democratas. 

Estes eleitores não são revolucionários ou radicais. Nada disso.

Eles querem apenas votar em um Presidente que não apoie o Genocídio que o Estado de Israel promove contra os Palestinos. Isso é querer muito, por acaso? Claro que não. Mas o Biden é fraco e é um pau mandado dos segmentos Sionistas extremistas dos EUA e de Israel, que exercem uma grande influência na definição da política externa do país e que são grandes financiadores de muitos políticos Democratas e Republicanos. 

E o sistema político dos EUA, atualmente, foi essencialmente capturado e passou a ser controlado por alguns segmentos extremamente poderosos do Grande Capital, principalmente o sistema financeiro, o complexo industrial-militar, a indústria de energia, as Big Tech e os complexo de Segurança Nacional (CIA, NSA...).

Em política existem algumas 'linhas vermelhas', que são aquelas que você não pode ultrapassar, senão perderá o apoio de grande parte da sua base política e eleitoral.

É exatamente isso que o governo Biden está fazendo, neste momento, ao apoiar a política criminosa que o Estado de Israel promove contra os Palestinos. Biden ultrapassou uma 'linha vermelha'.

Pesquisa da MSNBC mostra que 80% dos eleitores do Partido Democrata querem um cessar fogo na Palestina. Esse índice explica a razão dessa gigantesca manifestação que ocorreu em Washington DC neste sábado. E no conjunto da população esse índice chega a 66%.

Afinal, simplesmente não é possível aos eleitores mais progressistas dos Democratas apoiar um Presidente que dá respaldo a uma política de Genocídio contra um povo inteiro.

O que pode ser pior do que apoiar o Genocídio de um povo inteiro, como faz o Biden? Isso é inaceitável. Biden e os Democratas já cometeram erros grotescos na guerra da Ucrânia e agora erram mais ainda apoiando o genocídio dos Palestinos.

Eles são burros, incompetentes e genocidas!

E para piorar um pouco mais, os juros nos EUA estão altos (entre 5,25% e 5,5% ao ano) , como já afirmei, e o mercado imobiliário dos EUA está despencando, o que aponta para o início de uma recessão no país em 2024.

Somando as duas situações, de graves erros na condução da política interna e externa, o resultado é catastrófico para Biden e para os Democratas, que caminham para sofrer uma grande derrota em 2024.

De um lado, temos o apoio de Biden ao genocídio dos Palestinos, o que afasta os eleitores Democratas mais progressistas, e de outro lado nós poderemos ter o princípio de uma recessão que, se vier a se confirmar, irá afastar os eleitores Democratas moderados, que priorizam a economia.

Logo, as políticas imperialistas estúpidas e inteiramente erradas de Biden e dos líderes do Partido Democrata, em áreas importantes, como a guerra da Ucrânia, as sanções inúteis contra a Rússia, que somente prejudicaram as economias dos EUA e da UE, e a favor das políticas de Israel, neste Genocídio que se promove contra o povo Palestino, irão cobrar um alto preço em 2024.

Afinal, em um país que se considera democrático, cabe ao governante ouvir as reivindicações da maioria da população. E as pesquisas mais recentes mostram que 66% da população dos EUA defende um cessar fogo na Palestina. E entre os eleitores Democratas esse índice chega a 80%. Cabe ao governo Biden ouvir a voz da população, o que ele se recusa a fazer.

Então, tudo indica que, se continuar no rumo atual, Biden e os Democratas irão sofrer uma derrota humilhante para Trump em 2024. E olha que o Trump possui uma imagem pessoal bastante negativa nos EUA, como já mostrei aqui.

Isso comprova que pior do que está, poderá ficar, sim.

Manifestação pró-Palestina em Londres, em 28/10/2023, reuniu mais de 100 mil pessoas. E as manifestações continuar acontecendo pelo mundo todo, em cidades como Nova York, Los Angeles, Chicago, Santiago do Chile, Caracas, Berlim, Oslo, Roma, Jacarta, Istambul, entre muitas outras. Movimento global em defesa dos direitos do povo Palestino é o de maior alcance desde as manifestações contra a Guerra do Iraque em 2003. 

Eleições nos EUA - Pesquisa nos Estados Chave! 

Arizona

Trump: 49%; Biden: 44%

Georgia

Trump: 49%; Biden: 43%

Nevada

Trump: 52%; Biden: 41%

Michigan

Trump: 48%; Biden: 43%

Pensilvânia

Trump: 48%; Biden: 44%.

Wisconsin

Biden: 47%; Trump: 45%

Pesquisa realizada pelo The New York Times/Siena College entre 22/10 e 03/11 de 2023.

LINKS:

Aprovação e Desaprovação de Trump: 

https://projects.fivethirtyeight.com/polls/favorability/donald-trump/ 

Aprovação e Desaprovação de Biden: 

https://projects.fivethirtyeight.com/polls/approval/joe-biden/?ex_cid=abcpromo 

Taxa de Juros na Zona do Euro: 

https://www.poder360.com.br/poder-flash/zona-do-euro-aumenta-taxa-de-juros-em-025-ponto-percentual/ 

Taxa de Juros nos EUA: 

https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/11/01/fed-juros-estados-unidos.ghtml

Vídeo - Manifestação em Washington DC (04/11/2023):


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